O deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), condenado no processo do mensalão, deixou Brasília e viajou para São Paulo para resolver problemas particulares e realizar consultas médicas, segundo informou nesta quarta-feira (15) a assessoria de imprensa do parlamentar.
João Paulo Cunha foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal, teve a prisão decretada pelo presidente da Corte e relator do mensalão, ministro Joaquim Barbosa, mas o mandado de prisão contra ele não foi expedido. Nas últimas semanas, o deputado ficou em seu apartamento funcional em Brasília, onde recebeu visitas.
Segundo a assessoria de imprensa do deputado, ele não deverá aguardar a expedição do mandado de prisão em São Paulo e deve retornar a Brasília, mas a data não foi confirmada. No dia 6 deste mês, em seu penúltimo dia de atuação antes das férias, Joaquim Barbosa rejeitou recurso do deputado, decretou trânsito em julgado (fim do processo) para o parlamentar e determinou o início do cumprimento da pena por dois dos três crimes pelos quais ele foi condenado (peculato e corrupção passiva), que somam seis anos e quatro meses de prisão.
No entanto, Barbosa saiu de férias sem deixar o mandado assinado. De acordo com a Polícia Federal, para que a corporação execute a ordem de prisão do deputado é necessário que o documento seja expedido pelo Supremo.
Como a soma das condenações pelos dois crimes é inferior a oito anos, Cunha poderá iniciar o cumprimento da pena de prisão em regime semiaberto (pelo qual o preso pode sair durante o dia para trabalhar e tem de voltar à noite para dormir na cadeia). Nesta quinta-feira (16), está programado, em Osasco, o lançamento da revista "A Verdade - Nada mais que a verdade sobre a Ação Penal 470", na qual o deputado apresenta sua defesa no processo do mensalão.
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