Na outra ponta da abundância de energia prometida pelo Linhão de Tucuruí, a realidade da escassez de luz ainda é evidente em algumas regiões do estado e em bairros periféricos de Macapá, onde a população de baixa renda recorre ao furto de energia para iluminar suas casas.
Os famosos “gatos” ainda decoram a paisagem de baixadas e áreas de invasão. No âmbito urbano, o assunto é tratado com leniência pelas autoridades para não desagradar correligionários. Mas já houve quem acabasse preso por furtar energia – um crime federal.
Os famosos “gatos” ainda decoram a paisagem de baixadas e áreas de invasão. No âmbito urbano, o assunto é tratado com leniência pelas autoridades para não desagradar correligionários. Mas já houve quem acabasse preso por furtar energia – um crime federal.
Os primeiros estudos para a construção da linha de transmissão Tucuruí-Macapá datam da época em que o hoje senador José Sarney (PMDB-AP) era Presidente da República, mas não avançaram.
Ele mesmo assegura que somente no governo de Luis Inácio Lula da Silva o projeto foi retomado. Mesmo assim, não beneficiaria o Amapá, pois, ainda de acordo com o próprio senador “Macapá tinha baixo consumo de energia, e não justificava um investimento dessa natureza”.
Com a chegada de grandes indústrias e empresas de capital internacional ao estado foi preciso repensar a matriz energética local a fim de atender aos interesses da indústria e dos consumidores comuns – a população de Macapá praticamente duplicou nesse período.
É preciso admitir que foi graças à intervenção política do senador Sarney junto ao Ministério das Minas e Energia que o Amapá foi incluído no projeto de Tucuruí-Amazonas-Amapá.
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