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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Recursos federais para saneamento básico foi uma conquista dos amapaenses, diz Sarney

Ministro das Cidades, Mário Negromonte, com o presidente do Senado Federal, José Sarney (PMDB-AP)

O presidente do Congresso Nacional, senador José Sarney (PMDB-AP), disse ontem (31) estar muito feliz com o anúncio da liberação dos recursos federais, na ordem de R$ 17 milhões, para que sejam executados projetos para a área do saneamento básico nas duas maiores cidades do Estado, Macapá e Santana. Não se tem notícia de que ele tenha sido convidado para a cerimônia de assinatura do convênio com o Governo do Amapá e a Caixa Econômica Federal, apesar de sua destacada atuação para que o ministro Mário Negromonte tenha contemplado o Amapá com esse importante aporte de recursos.

Sarney explicou que além da Capital e também Santana, outros municípios igualmente com índices deficitários de oferta de saneamento, como Laranjal do Jari e Vitória do Jari, estarão recebendo apoio federal. “O governo federal pratica uma política diferenciada para melhorar a oferta de saneamento básico no país, afinal o Brasil tem avançado tanto em muitas áreas e não poderia ser diferente em relação a esse campo, diretamente ligado à saúde pública e a melhoria da qualidade de vida das pessoas”, disse Sarney.

Na conta - O gabinete do senador José Sarney informou ainda que, entre os dias 29/09 a 29/10/2012, foram liberados também pela União, em convênios para o Amapá, R$ 13.386.543,37 (treze milhões, trezentos e oitenta e seis mil, quinhentos e quarenta e três reais e trinta e sete centavos). Os recursos são para diversas áreas e vieram de vários ministérios para os municípios de CutiasLaranjal do JaríMacapáMazagãoPorto Grande,SantanaTartarugalzinho e Vitória do Jarí:

Entre as obras programadas está a construção de um estádio no município de Cutias; construção da Praça da Juventude no município de Laranjal do Jari; construção de 458 casas,com urbanização e saneamento integrado na ressacado, bairro Congós; implantação e modernização do Complexo Poliesportivo do Zerão, em Macapá; ampliação do Sistema de Segurança Pública nas áreas de fronteiras do Estado do Amapá (municípios de Oiapoque, Calçoene, Amapá e Laranjal do Jarí); aquisição de 01 um caminhão com carroceria e capota em madeira para apoio no escoamento da produção agroextrativista em Mazagão; construção de 01 quadra poliesportiva no Vila Nova (Porto Grande); construção de 84 unidades habitacionais no município de Santana, bairro Elesbão; construção de habitações populares no município de Tartarugalzinho; construção de uma Praça de Esportes no município de Vitória do Jari.

Coluna Argumentos (Diário do Amapá), quarta-feira, 01.11.2012

Boato

Foi o que circulou na cidade ontem a respeito de um novo colapso no abastecimento no abastecimento de gasolina em Macapá. Bastou para uma corrida aos postos, com registros novamente de filas quilométricas. O?aumento da demanda esvaziou estoque, só isso.

Normal

Ainda sobre a suposta falta de gasolina, a coluna apurou que na verdade não houve problema algum com o fornecimento da Petrobras Distribuidora e da Ypiranga. As entregas estão normais, dizem empresários.

Nada

O prefeito eleito de Macapá Clécio Luiz (PSol) já disse que os apoios do segundo turno da eleição não representam o “loteamento” de setores de seu futuro governo municipal. “Foram espontâneos”, disse ele. 

Minério
Foi o que a equipe do JN no Ar, quadro do Jornal Nacional (Globo) atribuiu como motivação para atrair tantos brasileiros de várias partes do país para Pedra Branca do Amapari. A matéria mostrou que lá tem a maior taxa de crescimento populacional.

Nomes


Mas tem uma coisa que já apuramos. Há gente do governo do PSB que já foi sondado para vir a ocupar a futura equipe da PMM, que terá o PSol à frente da gestão.

Bastidores


O engenheiro José Adeilton falava na audiência pública sobre a evolução histórica da dívida da estatal: - Em 1994 acendeu a luz vermelha. Antônio Feijão cochichou:?- Foi o vermelho do PT!

Dureza


Gente simples que vive na costa do município de Amapá, como pescadores e pequenos agricultores, vivem a linha tênue de ter que competir com grandes companhias pesqueiras de fora. O?jeito é ir para a Reserva do Lago Piratura, enfrentar fiscais ambientais e, agora, um terrível incêndio. Vida dura.

Lotado


O Brasil possui destinos turísticos realmente consolidados. Para se ter uma ideia, quem faz planos para ir à Serra Gaúcha no próximo inverno, ou seja, entre maio e julho do próximo ano, já não encontra as melhores tarifas. Há casos até de voos esgotados. Isso mais de seis meses antes da temporada mais fria do ano por lá, também a mais procurada por viajantes.

Turismo: Amapá na ABAV - À espera de novos turistas

TURISMO - Uma delegação de empresários do setor de turismo do Amapá embarca para o Rio de Janeiro para participar da maior feira do setor no país
Abertura. Com o ministro de Estado do Turismo na mesa diretora, a 40ª edição da Feira das Américas, no Rio de Janeiro, foi aberta com pompa e circunstâncias, afinal é a maior vitrine do turismo em todo o continente.

CLEBER BARBOSA 
EDITOR DE TURISMO

O Amapá esteve representado esta semana na maior vitrine do turismo do continente, a Feira das Américas, a Abav 2012, que chega a sua 40ª edição este ano, o último que acontece no Rio de Janeiro. A partir da próxima, será São Paulo a cidade a sediar esta tradicional reunião de operadores, agentes de viagem, autoridades e empresários ligados ao turismo.
A abertura da Feira foi no dia 23, com a presença do ministro do Turismo, Gastão Vieira, além de dirigentes da Abav (Associação Brasileira de Agências de Viagem) de todo o país. O Amapá foi representado pelo atual dirigente da seccional do estado da Abav, o empresário Elenilton Marques, da Poroc Turismo. “É muito importante vir a um evento como esse, pois há muitas trocas de experiências e, claro, possibilidades de novos negócios”, diz o presidente da Abav no Amapá.

Envergadura - A Feira de Turismo das Américas constitui excelente oportunidade para negociações e relacionamento com profissionais do trade turístico. O evento, palco que expõe a maior diversidade de produtos, serviços e destinos voltados à indústria de viagens e turismo, é parceiro da maior feira de turismo do mundo, a ITB Berlim (Alemanha) e da ITB Academy, e prioriza em sua estratégia de crescimento facilitar o entrosamento entre buyers e suppliers, além de muito networking.
Com a presença de expositores de mais de 52 países, a ABAV 2012 apresenta uma série de novidades e, também, é ponto para encontros de entidades públicas e privadas e importantes acordos internacionais.
Este ano, o Evento ABAV tem patrocínio do Sebrae (Vila do Saber e Rodada de Negócios), Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo – CNC (Vila do Saber); Equador (Sala de Imprensa); México (canais de comunicação – portal e newsletter), Travelport (compensação de gás carbônico do evento). E apoio do Instituto Brasileiro de Turismo – Embratur (Programa Compradores Convidados), Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas – Abracorp, Associação Portuguesa de Agências de Viagem e Turismo – APAVT, associações da América Latina – AAAVYT/ Argentina, ACHET/Chile, ABAVYT/Bolívia, ANATO/Colômbia, ASATUR/Paraguai e Audavi/Uruguai.

NÚMEROS DA ABAV

- A presença de 52 países expositores;
- Este setor movimentou, em 2011, por meio das agências de viagens associadas à entidade, mais de R$ 90 bilhões;
- Ampliou para 13% sua participação no PIB;
- As associadas ABAV respondem por 85% da rede de distribuição setorial no país;
- Totalizaram 160 milhões de viagens realizadas no ano passado. 

45.000
 Metros quadrados. É a área total da Feira das Américas, com 450 estandes.

Um destino diferenciado e ainda pouco explorado

Sâmia Waldeck

Organizada pelo Sebrae, a Rodada de Negócios é um espaço específico para reunir quem quer vender com quem quer comprar produtos turísticos. Empresários do setor no Amapá sentam frente a frente com alguns dos principais operadores turísticos do país. A diretora da Mountain Air Turismo, Sâmia Waldeck, explicou que na Rodada de Negócios, após um credenciamento e a definição das áreas de interesse, um programa de computador seleciona agentes de viagem e operadoras de turismo para um encontro. As reuniões têm um tempo máximo de 20 minutos, de modo a que se possa alinhavar uma parceria.
Dina Mourão
Já a diretora da FronturTurismo, Dina Mourão, explicou que sua agência vem apostando no turismo receptivo e para isso promove destinos regionais, como os vizinhos municípios do interior do Pará, que na verdade são bem próximos do Amapá. “O nosso forte é o transporte fluvial, aproveitando os passageiros que vão a Macapá e operamos para Santarém, Altamira, Manaus, Breves, enfim, a nossa intenção é fazer com que eles saibam e comercializem esses roteiros”, diz.



Turismóloga do Amapá se muda para o Peru e atrai gente de lá pra cá

Liliane Cascaes

Morando há dois anos em Cusco, no Peru, a turismóloga amapaense Liliane Cascaes ao mesmo tempo em que estuda, também atua no mercado do turismo e divulga o Amapá como destino turístico. Ela faz seu mestrado em Gestão do Turismo e conta que é muito forte a ligação do Amapá com o Peru, afinal é lá que nasce o Rio Amazonas. “As pessoas não acreditam quando digo o tamanho que o rio atinge no Brasil, em especial no Amapá, onde uma margem chega a ter 50 quilômetros”, diz Liliane.
Mas a especialista não titubeia ao apontar qual deve ser a maior aposta para o incremento do turismo do Amapá. “É preciso apostar nessa marca de estarmos no meio do mundo. A Linha do Equador pode fazer realmente a diferença, pois as pessoas que ouvem falar nisso demonstram interesse em ir conhecer. É preciso arrumar uma estratégia de dizer mais isso a mais pessoas no Brasil e fora dele”, diz.
Ela faz planos para abrir sua própria agência de viagem no Peru e desta forma incrementar a venda de pacotes turísticos específicos para brasileiros visitarem o Peru. “Na própria Universidade eu dou aulas de língua portuguesa para acadêmicos e também guias de turismo interessados em atender o crescente número de visitantes do Brasil”, disse a especialistas.
A própria cidade de Cusco é tida como vocacionada para o turismo. Em seus domínios está a histórica Machu Picchu, que pode ser acessada de várias formas. “Há uma viagem de trem, que dura quatro horas, com um visual de tirar o fôlego, assim como uma trilha a pé, que leva três dias. Essa é para quem gosta e está podendo também...”, brinca a especialista.



Sarney: “Jorge Amado foi um homem vivo e eterno. Com sua grandeza não será esquecido”

Sarney. Como membro da Academia Brasileira de Letras, palestra
sobre Jorge Amado na Espanha 
A mídia noticiou esta semana a participação do presidente do Senado, José Sarney no simpósio "2012: Año Jorge Amado In Memoriam", organizado pelo Centro de Estudos Brasileiros da Universidade de Salamanca, em parceria com a Academia Brasileira de Letras, em homenagem ao centenário de nascimento do escritor baiano, conhecido em todo o mundo. O evento integra programação na Espanha por ocasião da realização do VIII Fórum Interparlamentar Ibero-Americano. O Diário do Amapá reúne, a seguir, as principais considerações de Sarney a respeito do colega e amigo Jorge Amado, extraído durante sua palestra no evento.

CLEBER BARBOSA
DA REDAÇÃO
Emoção de estar na histórica Espanha, para falar de Literatura e Constituição.
Com muita emoção falo nesta Casa de quase 800 anos, que é, na proclamação de Dom Miguel de Unamuno, “el templo de la inteligência”. Quando soou o grito de Unamuno vivia-se um tempo de tragédia, com a Espanha dividida; falo hoje num momento em que ela vive uma grande crise. Mas deixem-me dizer-lhes de minha certeza de que Espanha é imortal, de quantas vezes já mostrou sua capacidade de superação.

Depois de Salamanca, viagem a Cádiz.
Em Cádiz, para celebrar os 200 anos de uma Constituição feita num país atormentado pelo invasor e que foi — continua sendo — um modelo para a liberdade no mundo.

Falar de Jorge Amado, colega e amigo.
Jorge Amado foi um homem, vivo e eterno, e um homem que, em sua grandeza, não será esquecido. É com certo sentimento de ausência — uma ausência que, para mim, é uma memória indelével, que não se apaga nem se apagará jamais — que venho aqui comemorar os seus 100 anos de nascimento, ocorrido no dia 10 de agosto de 1912. Esta ausência se manifesta um pouco naquela que dizem ser a palavra mais bela da língua portuguesa, saudade, cuja melhor definição que eu conheço é aquela que diz: é uma vontade de ver de novo. Saudade não é añoranza. É um sentimento muito português e brasileiro, mas também galego, definida por Rosalía de Castro — a maior autoridade que podemos invocar — como “el fantasma del bien soñado”. É uma ausência, mas também uma presença, o sentimento de que o ausente está inteiro, íntegro, em nossa percepção do mundo.

A importância da obra de Amado para a promoção da literatura brasileira fora do país.
Jorge Amado é a mais forte presença de escritor na vida brasileira, não só por sua obra inigualável, mas por sua capacidade de agir para construir o bem, e, na visão aberta do mundo, alcançar o coração de cada pessoa, cada leitor ou testemunha de sua vida e das mãos que, sempre aos cuidados de Zélia — Zélia Gattai, sua inesquecível companheira —, estendiam-se em grande generosidade. Ao dizer que é um escritor brasileiro, não posso fugir à verdade de quanto mais regional, mais universal, na expressão de Read.

A obra de Jorge Amado se reinventa.
É difícil dizer novidade de Jorge Amado. Difícil porque dele tudo já falaram. Difícil para mim que fui seu estreito amigo durante toda a vida, porque desperta um batimento mais forte no coração, que toca pela admiração, e toca mais pelo fascínio de sua personalidade e obra. Ele foi uma força da natureza que desceu muito cedo do Norte — assim era a denominação genérica de Norte e Nordeste do Brasil no começo do século XX — para dominar a literatura brasileira.

O primeiro contato com a obra de Jorge Amado.
Eu o li muito moço: o poeta Bandeira Tribuzzi, meu companheiro de mocidade, que queria levar-me para o marxismo, me passou, enrolado num papel de embrulho, de um tipo grosso que já desapareceu do mercado, mas era o único daquele tempo, com prazo fixo de uma semana para ler e depois devolvê-lo para outros que estavam sendo aliciados, como coisa escondida e procurada pela polícia, O Cavaleiro da Esperança, o livro sobre a vida de Prestes, o fundador e lendário chefe do Partido Comunista do Brasil. Comovi-me com o livro e acompanhei a história da Coluna Prestes, de cujos dissolvidos machados de pedra eu ouvira na minha peregrinação pelo interior de meu estado, o Maranhão. Fora uma marcha épica de milhares de quilômetros pelos sertões do Brasil, fugindo da polícia e da natureza. Li também a esse tempo o ABC de Castro Alves. A sedução de Tribuzzi e da obra de Jorge era forte, mas minhas convicções impediram-me de entrar para o Partido Comunista. Foi com esse começo dos livros engajados que iniciei minha leitura da obra de Jorge Amado pela vida inteira.

O início da amizade com o escritor.
Quando o conheci pessoalmente já ele se afastara do PC. Ficamos amigos. Mas eu não esperava que acolhesse meu primeiro livro de ficção, O Norte das Águas, com um entusiasmo que ultrapassava o que podia esperar de sua fama. Os anos nos aproximaram mais, e me integrei ao seu universo familiar.

A maturidade do trabalho de Jorge Amado.
Às vésperas das festas nacionais pelos 80 anos de Jorge, ele publicou um livro delicioso, notável pela mistura de revelação pessoal e histórica, cheia de sabedoria envolta em poesia, Navegação de Cabotagem, talvez menos lido que sua obra de ficção, uma pena, as mais de 600 páginas correm macias.

Como prestar homenagens a Jorge Amado.
Pretendemos que nossa homenagem fale menos de glórias e títulos do que do ser humano que amava a vida e do escritor que a criou no imenso universo de seus personagens. Viver a vida, ao lado da amada, ele o fez, na casa que construiu no Rio Vermelho, na Bahia, e onde batiam os humildes e os poderosos, todos recebidos com o mote: “Se for de paz, pode entrar.”

A política para Jorge Amado.
Jorge foi um militante comunista que chegou a ser deputado constituinte. Costumo dizer que fascinou no comunismo ser uma ideia generosa. Pois essa visão homem igual, fraternalmente unido ao próximo, foi uma constante da vida de Jorge. Àqueles anos todos acreditavam que o caminho da salvação da humanidade era a ideologia..

A decepção com o comunismo.
Ele acreditou no regime comunista como um sistema que uniria os homens. Quando, antes ainda da revelação por Kruschev dos crimes de Stalin, descobriu que o caminho sacrificava a liberdade — estavam em Budapeste, em 1951, sofreu.

Moral da história e justificativa do ser.
Jorge pagou um alto preço por sua independência, por — dizia — “pensar pela própria cabeça”. O patrulhamento ideológico correu alto e forte a anunciar sua decadência como autor, sua submissão à literatura de vendas, e a crítica a encontrar defeitos na sua obra. Na verdade Jorge continuou fiel a si mesmo, foi cada vez mais fiel ao ofício de sua obra de escritor.


O entrevistado. 

José Ribamar Sarney Costa tem 82 anos de idade, é natural de Pinheiro (MA). Formado em Direito, é também jornalista e escritor. Começou com a atividade política no movimento estudantil, ainda no Colégio Marista, em São Luís. Estudou também no Rio de Janeiro e acabou eleito como suplente de deputadi federal, tendo assumido algumas vezes o mandato até ser eleito parlamentar federal. Depois foi levado pelo voto popular a ser governador do Maranhão, sendo eleito logo depois senador da República. Trabalhou pela volta das eleições diretas no Brasil e compôs a chapa vitoriosa com Tancredo Neves, que faleceu antes da posse. Sarney reconduziu o Brasil à democracia e fez um governo voltado ao social. É senador pelo terceiro mandato pelo Amapá e preside o Senado pela terceira vez.