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segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Linhão do Tucuruí é instalado no Amapá

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A Linha de Transmissão Tucuruí-Macapá, apelidada de “Linhão de Tucuruí”, e que permite a ligação dos estados do Amapá e oeste do Pará ao Sistema Interligado Nacional (SIN), já chegou em Macapá. Inclusive foi testado pela Isolux Engenharia – a empresa que ganhou a licitação para a construção da obra. O teste de funcionamento aconteceu entre os dias 5 e 12 de dezembro passado.

“Tanto o sistema de linhas, quanto o de comunicação e controle, foram aprovados nos testes”, informou o engenheiro eletromecânico Pedro Arias, um argentino que é o coordenador de operação e manutenção da Isolux no Amapá. “Está tudo pronto, testado. Nossa parte já está pronta. Até aqui na nossa subestação está tudo pronto. A distribuição daqui para a cidade é com a CEA”, disse.

Arias lembrou que está faltando somente uma parte de obras civis na subestação de Macapá, mas isso será concluído por estes dias, e que até o fim de janeiro ou, no mais tardar, começo de fevereiro, a companhia anunciará a conclusão dos trabalhos. É que a Isolux espera uma licença do Ibama pra começar a operar o sistema. “Mas isso sai ainda este mês”, avaliou.

Pedro Arias garante que a quantidade de energia transmitida pelo “li-nhão” dá para abastecer duas cidades do tamanho de Macapá. São 540 megawatts de potência. Para se ter uma ideia do que seja isso, juntando todas as formas de energia produzida no Amapá (a hidrelétrica Coaracy Nunes, em Paredão, além das usinas termoelétricas de todos os municípios) a Eletronorte e a CEA conseguem produzir somente cerca de 260 MW.

O “linhão” sai de Tucuruí (PA) e vai até Jurupari, no Pará. De lá, segue até Laranjal do Jari (AP), de onde prossegue para Macapá. Esse trecho da obra foi entregue à Isolux. A Eletronorte venceu o leilão para construir outra parte do trecho, chamado Bloco C, que segue para o Amazonas.

Obras estaduais
A responsabilidade de construção do “linhão” e transmissão de energia até a subestação de Macapá, localizada no km 6 da BR-210, é da Isolux. À CEA (Companhia de Eletricidade do Amapá) coube a distribuição da energia para Macapá e municípios que farão parte do sistema, como é o caso de Laranjal do Jari, Vitória do Jari e Mazagão, além de algumas regiões do interior de Macapá.

Segundo o pessoal técnico envolvido no assunto, essas obras consistem na construção de subestações rebaixadoras de energia – a potência transmitida de Tucuruí é de 230 KV (kilowatts). Essa potência será rebaixada para 69 KV para poder atender aos consumidores; e construção das linhas de transmissão internas. Tudo de responsabilidade da CEA.

A companhia garante que as obras não estão atrasadas, e que tudo estará funcionando dentro do previsto, que é o primeiro semestre deste ano.

A Linha de Transmissão de Tucurui permite a ligação dos estados do Amazonas, Amapá e do oeste do Pará ao Sistema Interligado Nacional (SIN). No caso do Amapá, na prática o linhão chega para trazer energia de Tucuruí, mas também exportar a energia que será produzida no estado após a conclusão de duas hidrelétricas em construção, uma no rio Jari e outra no rio Araguari, e outras duas que deverão entrar em obra no corrente ano.

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