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sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Sarney diz que a boa política melhora a vida da população


O senador José Sarney (PMDB-AP) disse nesta terça-feira, em Plenário, que a transição democrática pela qual o país passou na década de 80 foi exitosa, pois permitiu a instalação da Assembleia Nacional Constituinte e a elaboração de uma Constituição que deu estabilidade política ao país. Para Sarney, resolvidas as dificuldades econômicas, como a inflação, o país passou a ter condições de investir, mais recentemente, em setores importantes para as pessoas, como saúde, educação e segurança. Na opinião do senador, a atividade política é essencial para melhorar as condições de vida da população.
- Nós não pensamos em nada pessoal. Nós, aqui, lutamos por um projeto no qual nós não temos nenhuma participação, mas apenas para melhorar a sorte do país. Lutamos para fazer estradas onde não vamos nunca andar. Para escolas, universidades onde jamais nós iremos estudar. Então, nosso pensamento não é um pensamento pessoal - afirmou Sarney.

Agência Senado

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Coluna Argumentos, quarta, 24 de setembro de 2014.

Números


A atual presidente Dilma Rousseff (PT) e a candidata pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), Marina Silva, aparecem empatadas tecnicamente num eventual segundo turno das eleições de outubro, indica pesquisa divulgada ontem pela CNT.

Dianteira

O levantamento, feito pelo Instituto MDA a pedido da CNT, mostra que Dilma tem 42% das intenções de voto contra 41% de Marina. O empate técnico se configura porque a margem de erro é de 2,2 pontos.

Estratégia

Tudo bem que os terroristas do Oriente Médio usam a televisão e a internet para propagar seus ataques e ameaças. O problema é que os EUA para revidar também alardeiam antes. E como fica o tal ‘fator surpresa’?

Negócios

Jesuíno e Josué Rocha anunciam a data para a reinauguração do Shopping Macapá, que está triplicando seu tamanho. Será no dia 30 de outubro, en grande estilo, com empreendimentos locais e de fora, claro.

Chegada

Enquanto isso o Grupo Multinacional Atacadão, o Carrefour, confirma estar em implantação por aqui e está recrutando mão de obra. Mais informações sobre vagas e cargos no Sine Macapá Centro.

Aleluia!
Os moradores da Avenida Elionai César da Silva (foto) no Infraero 2 tiveram uma boa surpresa ontem quando máquinas da Prefeitura passaram dando uma raspada onde antes era só mato. Aí uma moradora vira pro funcionário e diz: “Não dá pra jogar nem uma borra de asfalto?”

Babou

Abnegados empreendedores do turismo amapaense desembarcaram ontem em São Paulo para a tradicional Feira das Américas, que agora se chama Expo Iternacional de Turismo. Mas a frustração é total com a falta de um estande do Amapá no evento. “Tira o brilho da festa”, diz um deles.

Bronca

O presidente da Associação das Agências de Viagem (Abav-AP) Elenilton Marques, diz que a entidades e todo o trade turístico exigem uma explicação por parte do GEA pois houve licitação para que o Estado tivesse um estande. “Teve licitação e emissão de nota fiscal, queremos saber por que não veio o estande”, diz ele.

Mudez

Na Secretaria Estadual do Turismo, a Setur, ninguém se manifesta. Em um grupo de WhatsApp, o secretário Richard Madureira prometeu emitir uma nota oficial do órgão sobre os motivos que levaram ao cancelamento da participação do Amapá no evento. Mas não divulgou ainda.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Coluna Argumentos, terça, 23 de setembro de 2014.

Projeto

Proposta que modifica os índices a serem considerados no repasse de recursos do Fundeb aos estabelecimentos escolares está pronta para se votada na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), onde receberá decisão terminativa. Vem coisa radical por aí.

Pelo fim

Assim como há pressão no Congresso para acabar com o ‘fator previdenciário’, a proposta voltada para definir regras novas para o Fundep também quer acabar com o ‘fator de ponderação’ na educação.

Colisão

Titular da Secretaria de Turismo, Richard Madureira, teve que incumbir-se de uma missão árdua: dar a notícia ao trade turístico de que foi cancelada a participação do Amapá na feira Abav 2014, em Sampa.

Bronca

Os empresários do setor não gostaram do cancelamento, feito aos 44 do segundo tempo, por assim dizer. Alegam desprestígio e também prejuízos com aquilo que já foi preparado para a exposição em São Paulo.

Desemprego

A coluna recebe informação dando conta de que novas demissões estão surgindo no já combalido setor da indústria no Amapá. Depois da Coca-Cola agora teria uma mineradora também dispensando pessoal.

Paixão
Não foram só os jipes que chamaram a atenção do público que foi ao Fest Jeep, no Marco Zero. Raros exemplares de Fuscas e outras relíquias locais estiveram em exposição no Meio do Mundo. E aí já viu né? Somos uma cidadã carente de eventos de lazer e entretenimento.

Lei

A primeira eleição nacional com base na Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar 135/10) vem movimentando a Justiça Eleitoral, o Ministério Público e o cidadão em geral. Aprovada pelo Congresso em 2010, a lei surgiu de um projeto de lei de iniciativa popular subscrito por 1.300.000 brasileiros.

Ficha

Especialista em Direito Eleitoral, o advogado e professor Alexandre Rollo nota aperfeiçoamento na interpretação da Lei da Ficha Limpa por parte da Justiça Eleitoral a partir do julgamento do ex-governador do DF, José Roberto Arruda, condenado por improbidade administrativa em segunda instância, em julho.

Suja

Arruda teve seu registro de candidatura ao governo do Distrito Federal indeferido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) no dia 12 de agosto, decisão que foi confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no dia 26 de agosto. Restou a ele renunciar em favor do vice, Jofran Frejat.

Coluna Argumentos, domingo e segunda, 21 e 22.09.2014

História

O nosso Luís Melo continua o mesmo visionário do rádio. Editou ontem um debate histórico na Diário FM reunindo os principais candidatos ao Senado. A única ausência foi a de Gilvam Borges (PMDB), que alegou ter outro compromisso de campanha para não ir.

Equipe

A mediação do embate coube à jornalista Ana Girlene, com a coordenação da competente Ziulana Melo e o assessoramento jurídico de Helder Carneiro. Fiz parte, com muito orgulho, da produção do debate.

Tempo

A Coronel Palmira dizia estar ansiosa para paticipar do debate no rádio. Na propaganda eleitoral ela tem 20 segundos. “Não dá nem para respirar”, resume. Então foi a oportunidade para a militar ter mais visibilidade.

A fera

Por falar nisso, ela foi uma das mais citadas nas redes sociais por sua contundência e energia. “A coronel Palmira parece que está dando um ralho na gente. Ela é muito brava”, postou um interneuta, no Twitter.

No pé

E ela virou a algoz de Davi Alcolumbre (DEM). Foi uma pergunta dela sobre suposta interceptação telefônica com um doleiro que tirou o chão do candidato a senador. Mudando o tom, Davi exigiu respeito dela


Debate
Aspecto dos bastidores do debate no rádio ontem com os candidatos ao Senado. Nos intervalos, os candidatos e seus assessores tratam freneticamente das estratégias para os blocos seguintes. Foi o fato político do dia de ontem esse encontro na rádio Diário FM.

Lados

O curioso é que até esse embate com Palmira, Davi era o mais, digamos, atirado no debate. Só se referia a Gilvam como sendo “Gilvam Sarney Borges”, para evidenciar a proximidade de ambos. Depois teve outro entrevero com o Promotor Moisés cujo comentário o fez ganhar direito de resposta.

Ocasião

Dora Nascimento quis pegar carona na trajetória de seu partido, o PT, que governa o Brasil há 12 anos. Mas também com isso sobrou para ela os eventuais desgastes que isso também provoca, como os escândalos do Mensalão e a embroncada Petrobrás. No mais, tentou ser simpática e demonstrar que tem sua articulação.

De olho

O debate no rádio também foi um sucesso editorial. Foi grande a cobertura que a imprensa local deu ao inédito encontro entre os candidatos a senador. Promotor Moisés sugeriu que outras emissoras e as tv’s façam o mesmo. Bombou também nas redes como Face, Twitter e WhatsApp.

Coluna Argumentos, sábado, 20 de setembro de 2014

Racismo

O tema do preconceito racial está em evidência no debate público. O caso da torcedora do Grêmio que chamou o goleiro Aranha, do Santos, de “macaco” durante uma partida da Copa do Brasil, em agosto, reacendeu discussões a respeito do problema.

Definição

Um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) revelou que o problema do racismo no Brasil é “estrutural e institucionalizado”. E o Congresso tem projetos tramitando e que versam sobre o problema.

Influentes

 Sarney mais uma vez figura na lista dos deputados e senadores que conduzem o processo decisório no Poder Legislativo. Quem também passou a figurar na lista foi Randolfe, do PSol e que está no primeiro mandato.

Método

Esse levantamento identifica aqueles com mais habilidades para elaborar, interpretar, debater ou dominar regras e normas do processo decisório do Congresso Nacional. Liderança prevalece no conflito político.

Destaque

Bala Rocha figura na lista dos 150 parlamentares mais influentes, categoria ‘ascensão’, segundo da lista da série “Os cabeças do Congresso Nacional”, publicação elaborada entre o DIAP e o SindiReceita.

Largada!
Começa neste sábado o 6º Fest Jeep no Meio do Mundo, promovido pelo Jeep Clube de Macapá. Cerimônia de abertura é às 15h30 e logo depois os brutos largam na pista irada montada ao lado do Marco Zero do Equador. Pegue sua garotada e corra pra lá para conferir os pegas incríveis dos jipes. 

Lixeira

Ação diligente do promotor de Justiça Weber Penafort faz com que o município de Serra do Navio entre no rol das cidades com aterro controlado, acabando com o lixão a céu aberto que tem lá. Prefeito José Maria Lobato está finalizando a obra, tocada com recursos de tributos da mineração. Boa!

Prazo

Aviso aos navegantes. Aliás, aos aspirantes a soldado. Termina no dia 30 deste mês o prazo para que os jovens alistado este ano compareçam à Comissão de Seleção, instalada no Clube Toca da Onça. Levantamento feito pelo Exército aponta que faltam ainda 1.054 jovens regularizar a sua situação junto ao serviço militar.

Vai bem

Está excelente o estado de conservação da estrada BR-210, a Perimetral Norte. Operários e máquinas do Dnit fazem um bom trabalho de manutenção, com a aplicação de aterro, compactação e drenagem superficial. Viagem Macapá-Serra do Navio leva menos de 3 horas.

Artigo do senador e ex-presidente José Sarney

Sarney: “O Brasil em um labirinto”


Em política há uma lei inexorável: o impossível sempre acontece. No Brasil, várias vezes a tragédia teve consequências drásticas, provocando grandes mudanças. Basta lembrar as mais notórias: o suicídio de Getúlio Vargas, que, já praticamente deposto, com a bala no peito atinge os adversários; o derrame cerebral e a morte de Costa e Silva, que levam a um golpe dentro do golpe, desaguando numa Junta Militar e numa nova Constituição outorgada; a morte do Presidente Rodrigues Alves, eleito pela segunda vez, atingido pela gripe espanhola; Tancredo Neves, eleito para fazer a redemocratização, adoece no dia da posse e em seguida morre.
Agora estamos vivendo um momento destes. Sessenta dias antes da eleição, num desastre aéreo, desaparece o candidato a presidente Eduardo Campos. A comoção toma conta do país, mas não é ela a consequência maior. É a ressurreição de Marina Silva, que na eleição anterior obteve 20 milhões de votos. Impedida de concorrer por seu partido, não tendo conseguido registrá-lo na Justiça Eleitoral, fizera uma aliança com Campos — figurando em sua chapa como candidata a vice-presidente —, que, morto, lhe devolveu a oportunidade de participar, como protagonista, da corrida presidencial. “Cambiaran las suertes”, como dizia um personagem de Rómulo Gallegos em Cantaclaro. O Brasil entrou num grande redemoinho político.
Marina Silva é uma figura carismática, mística, dogmática, preconceituosa e intransigente. Fundadora do PT, foi ministra de Lula e o rompimento com suas origens tem aspecto difuso, sem linhas precisas na separação. Mas em torno dela se criou uma frente robusta de combate ao PT e ao governo Dilma, abrindo uma possibilidade antes considerada impossível: derrotá-los. As pesquisas estimulam essa hipótese. Seus apoiadores são os mais ecléticos: os indignados que há pouco mais de um ano provocaram um barulho imenso no país; seus até recentemente frustrados seguidores; as fortes correntes e igrejas evangélicas que a têm como representante; as classes conservadoras, descontentes com as políticas econômica, externa, energética, agrícola, portuária e fundiária; na área política, alas descontentes do PT e o incalculável número de grupos dos partidos aliados queixosos do tratamento recebido da Presidente Dilma e da direção do PT.
A sensação dos aliados é que eles fizeram de tudo para massacrá-los nos estados, criando confrontações e arestas, e que agora há oportunidade para reagir. O PMDB, maior partido dessa aliança, que indicou o candidato a vice-presidente, está muito dividido e só não vota contra Dilma por causa do vínculo de sua participação na chapa; de uma figura de simples adereço, Michel Temer passou a ser decisivo para a vitória. Por outro lado, um ciclo de pessimismo fez o país perder o sonho de potência emergente, com números que o mostram beirando a recessão, inflação e juros altos, e indicações negativas de agências de risco, além do desprestígio da diplomacia, ferida com o tratamento de “anão” por Israel, marcada pelo alinhamento com o chavismo bolivariano e por relações não muito amistosas com os Estados Unidos.
A euforia foi embora. Nunca esteve nos planos do PT perder as eleições. Ao contrário, cumpria com êxito seu objetivo de tornar-se um partido hegemônico, dominando a prefeitura de São Paulo, o que já ocorre, e almejando conquistar os governos dos maiores estados, São Paulo e Minas, e implantando políticas de controle social, conselhos populares e intervenção na mídia, como na Venezuela, no Equador e na Argentina. O que acontece agora é um tsunami político. No momento, a energia inicial da onda já chegou ao fim. Os seus resultados já foram alcançados: levar a eleição para o 2º turno e, assim, provocar uma disputa acirrada, em que tudo pode acontecer. Maior partido de oposição, o PSDB, embora tenha excelente e talentoso candidato, ficou imprensado pela guerra entre as duas candidatas originárias da esquerda. Para fugir da ameaça de derrota, pensaram alguns líderes do PT até mesmo em fazer Lula candidato.
Mas o ex-presidente parece também ter sido atingido pelo maremoto e ter perdido a aura da invencibilidade, embora mantenha seu carisma e ainda seja a maior liderança política do país. A Presidente Dilma, com seu forte caráter de chefia, já conquistou seu espaço como administradora e não é mulher de jogar a toalha ou aceitar humilhação. Marina Silva é uma incógnita. A figura de hoje nada tem a ver com sua radical história de guerreira dos seringais. Senadora por dezesseis anos — em parte dos quais ocupou o Ministério do Meio Ambiente de Lula —, deixou uma marca de radicalismo, como fundamentalista, de capacidade limitada, preferindo sempre a confrontação ao diálogo, e buscando não o entendimento, mas a conversão. Sua formação é das Comunidades Eclesiais de Base, mas agora é evangélica ortodoxa, considerando que o mundo se reparte entre os destinados à salvação e os condenados à perdição. As eleições serão a 5 de outubro. A campanha atingiu um alto grau de violência, com ataques rasteiros.
O quadro é de pesquisas nervosas, esquizofrênicas, que indicam que tudo pode acontecer. As sondagens — e são muitas — sempre mostram uma vantagem de Dilma no 1º turno e a vitória de Marina no 2º turno, que exige maioria absoluta. A palavra certa para a atual situação brasileira é perplexidade. O Brasil perdeu o otimismo, há um alto aquecimento do censo crítico, desapareceu a sacralidade das políticas sociais. O Presidente Lula dá sinais de não desejar engajar-se num pacto de morte e se afasta de um duelo fatal. O quadro é de um labirinto. Mistério e imprevisão.

Publicado no El Pais


José Sarney foi governador, deputado e senador pelo Maranhão, presidente da República, senador do Amapá, presidente do Senado Federal. Tudo isso, sempre eleito. São mais de 55 anos de vida pública. É também acadêmico da Academia Brasileira de Letras (desde 1981) e da Academia das Ciências de Lisboa.

Coluna Argumentos, quinta, 18 de setembro de 2014.

Ibope

Um dado não trabalhado por analistas na última pesquisa do Ibope são os números na pesquisa espontânea, aquela onde os nomes dos candidatos não são apresentados. Fica assim: Waldez (33%), Lucas (13%), Camilo (12%), Bruno (10%) foram os mais votados.

Comparação

Com relação aos números anteriores, Waldez não cresceu, nem subiu; Lucas foi de 8 para 13 p.p. Camilo saiu de 9 para 12; Bruno Mineiro foi quem mais subiu, na espontânea, saltou de 4% para 10%.

Idades

Waldez tem melhor desempenho entre eleitores com 55 anos ou mais, segmento em que tem 46% das intenções de voto. Lucas se dá melhor na faixa  de 45 a 54 anos, onde tem 21% das intenções de voto dos eleitores.

Gênero

Já Camilo (PSB) tem desempenho melhor entre os homens do que com a mulherada. Entre os homens ele tem sua melhor estatística, subiu de 12% para 17%; Já entre eleitores com nível superior, patina em 16%.

Domingo

A página de turismo deste Diário mergulha na história de luta dos primeiros moradores portugueses no Amapá, que vieram instalar a Vila de Mazagão. A saga da longa travessia da África para cá no caderno Nota 10.

Marinha
O próprio comandante do Serviço de Patrulhamento Naval do Norte, Capitão-de-Mar e Guerra Jackson Sales da Silva veio a Macapá liderar seus comandados por ocasião da Operação Águas Seguras. Na foto, ele em frente ao Navio Patrulha Bracuí, atracado na Capitania.

História

Lembra da série ‘O segredo dos Presidentes’, do Fantástico? Pois é, virou livro de Geneton Moraes Neto e arrancou importantes revelações de Collor, Sarney, FHC e Itamar Franco. O nosso Sarney disse ter se deparado com estudos avançados para o Brasil produzir sua bomba atômica. Mandou parar.

Conselho

Os ex-presidentes da República podem tornar-se membros natos do Conselho de Defesa Nacional, órgão previsto na Constituição para ser convocado pelo chefe do Executivo na hipótese de o país enfrentar situações graves, como as que colocam em risco a defesa do Estado e a integridade das instituições democráticas.

Maduros

Proposta de Emenda à Constituição 54/2011, do senador Ivo Cassol (PP-RO) defende os ex-governantes no Conselho, a fim de que, em momentos críticos, o governo possa contar com a experiência e informações qualificadas detidas por aqueles que passaram pelo Poder.

Curiosidades sobre o governo do Presidente José Sarney



Governo Sarney e o desafio da economia

Que Sarney, quando na Presidência, para enfrentar o processo inflacionário herdado do regime militar, peitou o FMI e não deixou que se impusesse ao povo, depois de mais de vinte anos de ditadura, qualquer plano ortodoxo baseado na recessão, no desemprego e no atraso?

Que, com o Plano Cruzado e a prioridade do “Tudo pelo Social”, o governo Sarney salvou a década de 80 da derrocada?

A inflação não foi uma invenção do governo Sarney. O general Figueiredo já havia deixado a desvalorização da moeda perto dos 300% ao ano, como consequência dos erros dos governos anteriores (Médici e Geisel) no enfrentamento das duas crises mundiais do petróleo da década de 70. Sarney, então sem qualquer apoio popular e tendo assumido um governo que não estava esperando, com coragem, determinação e espírito público, criou o Plano Cruzado, sabendo de todas as dificuldades. Na noite em que se reuniu com a equipe econômica para decidir sobre a implementação do plano, o presidente deixou claro: “Sei, perante todos os senhores, que estou colocando a minha cabeça na guilhotina, mas temos de ter ousadia. Vamos ousar! Vamos tentar romper essa barreira para tentar dominar a inflação!” E assim foi feito. Com a experiência do Plano Cruzado, que mais tarde serviria de base para o sucesso do Plano Real, o desemprego caiu de 8% para 2,36%, o menor de nossa História. A inflação real em todo o governo Sarney, mesmo com o Plano Cruzado tendo sido sabotado pelas grandes corporações, segundo dados da consultoria Tendências, em dólares, foi de 17,3%. Isto foi possível porque, questionando a visão recessiva da tecnocracia, Sarney exigiu que houvesse a correção mensal dos salários, que se tornou, segundo o próprio Sarney, o “colchão no qual se apoiavam os assalariados para diminuir o impacto da inflação”. 


Sobre o assunto, o ex-presidente já explicou: “Fala-se em inflação com correção monetária e em inflação sem correção, como se fossem a mesma coisa. São coisas impossíveis de comparar. Eu digo que uma inflação de 6% ao ano sem correção monetária, como vinha ocorrendo com o salário do funcionalismo, é mais corrosiva do que a de 80% ao mês daquele tempo, corrigida mensalmente. Pergunte a qualquer trabalhador, com mais de 35 anos, o que ele acha das duas situações.” Apenas ao final do governo Sarney a economia sofreu pela intranquilidade gerada pelos radicalismos dos então candidatos à sucessão presidencial. Não se sabia o que candidatos como Lula e Collor fariam com a economia. A especulação correu solta. A inflação subiu de 5%, em março de 1989, quando começou a campanha eleitoral, para 82%, em março de 1990. Essa inflação não foi do governo Sarney. Era fruto da expectativa do futuro governo. Posto muitas vezes diante da alternativa da recessão, Sarney novamente insistiu em defender o poder de compra dos trabalhadores com a indexação dos salários, corrigindo-os mensalmente. E mostrou que estava certo. A conquista maior do Plano Cruzado foi ter transformado a economia do Brasil, colocando a questão social no debate político pela primeira vez e estimulando a participação da sociedade na fiscalização dos assuntos de seu interesse, como ocorreu com os “fiscais do Sarney”. Foi, também,  ter permitido a reforma do Estado rumo à transparência, com a extinção da conta-movimento do Banco do Brasil, a unificação do orçamento da União, a criação do SIAFI, da Secretaria do Tesouro. A opção de “Tudo pelo Social” refletiu o empenho em voltar o Estado para os mais humildes. No Programa do Leite foram 1 bilhão e 300 milhões de litros distribuídos a 7,6 milhões de famílias. 


O vale-refeição tinha 18 milhões de beneficiados por dia; o vale-transporte, 26 milhões. Criou-se o seguro-desemprego. 58 milhões de crianças passaram a ser atendidas diariamente pela merenda escolar. A farmácia básica do CEME chegou a 50 milhões de pessoas. A reforma agrária, instituída em 1965, finalmente começou a ser realidade. A área irrigada aumentou em 1 milhão de hectares. A cultura tornou-se um desafio do governo, com ministério próprio e a lei de incentivo. A pesquisa científica recebeu apoio incondicional — foram dadas 133 mil bolsas de estudo, mais do que em todos os anos anteriores do CNPq juntos —, alcançou resultados importantes no enriquecimento do urânio e domínio da água pesada, com fibras óticas e de carbono, com lasers de alta potência. Foi criado o IBAMA e iniciada a defesa sistemática do meio ambiente. O Calha Norte marcou nossa soberania sobre a Amazônia. Ao final do governo, Sarney tinha um resultado que, visto com os olhos de hoje, é surpreendente: crescimento e pleno emprego — o PIB per capita em dólares dobrou, chegando a US$ 2.923 (em 2004 estava em US$ 2.789), enquanto o desemprego era o menor de nossa História (2,36%). O país era a 7ª potência industrial do mundo. Tivemos 67 bilhões de dólares de saldo comercial (contra um déficit de 8 bilhões de dólares no período de 1995/2002). O PIB passou de 189 para 415 bilhões de dólares, e a dívida externa caiu de 54% para 28% do PIB. A produção de petróleo passou de 2,7 para 8 bilhões de barris. A safra agrícola passou de 50 para 60 milhões de toneladas de grãos. No setor elétrico, a produção aumentou em 24,1%, o número de consumidores em 22,3%, foram investidos 29 bilhões de dólares. O déficit primário de 2,58% do PIB foi transformado em superávit de 0,8%. Quer dizer, por causa da coragem de Sarney, ao contrário do que se propala sem fundamentos sérios, a década de 80 não foi perdida. Se separarmos os períodos de 1980 a 1985 e de 1985 a 1990, verificaremos que, de1985 a 1990, obtivemos números na economia que até hoje não foram superados no Brasil. Naqueles cinco anos, crescemos 99% no nosso PIB; chegamos a ter o terceiro saldo exportador internacional, depois do Japão e da Alemanha. A renda per capita, em 1984, era de US$1,468 e, em 1989, chegou a US$2,923. Hoje, está em US$2,789. Isso demonstra que aquele não foi um período de paralisação. Ao contrário, o Brasil avançou, e muito, durante aquele período. Você sabia de tudo isso? 

Saiba mais, clicando aquiaqui ou aqui

Confira os gráficos a seguir (clique nas imagens para ampliá-las):


Coluna Argumentos, quarta, 17 de setembro de 2014

Unifap

Acabou o suspense sobre quem vai assumir a Reitoria da Unifap. A presidente Dilma nomeou a professora Eliane Superti para exercer o cargo pelos próximos quatro anos. O decreto presidencial foi publicado na edição de ontem (16) do Diário Oficial da União.

Merecido

Superti foi a mais votada na lista tríplice de indicados para o cargo que seguiu para o ministro da educação, no final de maio deste ano. A nova reitora viaja para Brasília nos próximos dias para tomar posse.

Vai bem

A pedido de leitor, a coluna envia aqui os parabéns ao superintendente do DNIT no Amapá, Fábio Vilarinho. Tem a ver com a manutenção que vem sendo feita na Perimetral Norte (BR-210). Quando merece a gente fala.

Vai mal

Moradores do bairro Infraero 2 ficaram mais uma vez sem energia elétrica ontem, por longas sete horas. Idosos, bebês e pacientes das unidades de saúde foram os que mais sofreram com o calor. Apagão mesmo.

Motivo

Segundo a coluna apurou, o desligamento foi provocado pela necessidade da Eletronorte fazer uma substituição de peça do Alimentador Infraero. Mas a CEA levou uma hora para restabelecer a distribuição.

Era hora
Pense num prefeito que está com moral com os moradores da Vila Amazonas, tradicional bairro santanense? Pois é, Robson Rocha fez aquilo que vários prefeitos anteriores não tiveram a ombridade. Está recuperando o pavimento da bucólica localidade, há muito tempo destruída.

Operação

Tropas do Exército Brasileiro ocupam as fronteiras do Amapá desde a madrugada de hoje. Trata-se da Operação Curare Oriental. Municípios de Oiapoque, Laranjal do Jari e Pedra Branca são os principais pontos sensíveis da ação. Militares de Belém, Marabá, São Luís e até do Rio foram mobilizados.

Por terra

Em nota distribuída à imprensa ontem o Exército diz que o foco são os delitos transfronteiriços e ambientais. Para isso conta com o apoio de agências federais como o Ibama, PRF e Polícia Federal. Entre as tropas especializadas que vieram de fora estão integrantes da Brigada Paraquedista, sediada no Rio de Janeiro.

Pela água

Quem também inicia hoje uma grande operação – só que pela água – é a Marinha. Navios patrulha e lanchas operacionais irão varrer toda a costa e os rios da região como parte da Operação Águas Seguras. O pente-fino quer passar a limpo a documentação, tripulação e carga.

Coluna Argumentos, terça, 16 de setembro de 2014.

Erramos

Na edição de domingo cometemos um erro importante ao analisar a pesquisa do Ibope. Ao invés de escrevermos que dois candidatos ganharam pontos, saiu escrito que eles perderem pontos. Foram Camilo e Lucas, que ganharam 3 e 2 pontos, respectivamente.

Extra

Mas o mais importante dessa nova rodada de pesquisas do Ibope no Amapá é o indicativo de que haverá segundo turno na disputa. Waldez ainda lidera e depois estão embolados Lucas, Camilo e Bruno.

No bolo

A entrada de Bruno Mineiro na briga pela vaga no segundo turno foi a novidade. Considerando a margem de erro ele tem entre 9% e 14%, colado em Camilo e Lucas que têm 15% e 17%, respectivamente.

De olho

A deputada Dalva Figueiredo (PT) postou em seu perfil no Face, que nessas andanças pelo interior do estado, mesmo cuidando da campanha, serve para olhar como estão as obras conquistadas por suas emendas.

Cidadão

Ex-prefeito de Mazagão, José Carlos, o Marmitão, retomou seu emprego público como servidor do Ibama. Mas não largou o município, onde possui uma propriedade e alguns negócios por lá. Nem a política.

Susto
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Leitor da coluna, amigo Tadeu Pelaes fez esse registro fotográfico no fim de semana em que caminhava pelo Parque do Forte. O descaso com aquele logradouro causou o surgimento até de cobras como essa da foto. A orla também tinha muitas luminárias queimadas, com riscos à segurança do povo.

Exemplo

Graças a abnegados, que fundaram uma espécie de Ong, a Amo Serra, as antigas piscinas do Manganês Esporte Clube foram restauradas e estão em pleno funcionamento. Serra do Navio, tombada como patrimônio arquitetônico, tem a esperança e recuperar aquilo que a especulação imobiliária adulterou.

Dignidade

O empresário Edyr Pacheco é mesmo um exemplo de superação. Acometido de um câncer, há algum tempo, vem travando uma luta muito digna contra a doença e tocando a vida, os negócios e as entidades de classe que participa. Com dignidade e sem lamúrias, merece o nosso reconhecimento. Parabéns amigo e tenha fé que dias melhores estão por vir é só confiar.

Tropas

Militares do Exército Brasileiro e da Marinha ocupam municípios importantes do Amapá a partir desta manhã. Trata-se da Operação Curare que visa o combate aos ilícitos transfronteiriços. Mas há quem diga que tem a ver também com o período eleitoral. Manifetsações oficiais só serão disponibilizadas amanhã.