O PT vai lançar a pré-candidatura do senador Lindbergh Farias ao governo do Estado do Rio com uma grande mobilização da militância em fevereiro, antes de deixar o governo Sérgio Cabral (PMDB). Por determinação do comando nacional petista, o diretório estadual aprovará nesta sexta-feira, 17, a entrega dos cargos somente em março, quando Cabral encerrará o segundo mandato e dará lugar ao vice-governador e pré-candidato do PMDB ao Palácio Guanabara, Luiz Fernando Pezão. Segundo o presidente do PT-RJ, Washington Quaquá, o diretório regional aprovará a resolução com a ressalva de que "a relação do partido com o governo Cabral está politicamente esgotada".
Também será formalizada a decisão de intensificar as negociações com outros partidos para esco-lha dos candidatos a vice e ao Senado na chapa de Lindbergh. "Não vamos arrumar briga desnecessária com o diretório nacional do partido. Sabemos que o projeto de reeleição da presidente Dilma Rousseff é importante. Mas vamos mudar o tom. Para nós, a aliança com o governo Cabral está morta. O defunto vai demorar 40 dias para ser enterrado, é mais sofrimento para a família. Mas vamos tratar da nossa vida, formar nossas alianças, discutir com a sociedade o programa de governo", disse Quaquá.
O PT fluminense briga desde novembro pela saída do governo Cabral, onde ocupa duas secretarias - de Assistência Social e Direitos Humanos e do Ambiente - e cerca de 150 cargos comissionados. No entanto, o desembarque petista tem sido adiado pelo comando nacional da legenda, com aval do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Amigo do governador do Rio, Lula argumenta que o rompimento com Cabral, importante aliado de Dilma Rousseff no Estado, pode ser prejudicial para a reeleição da presidente.
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