Os deputados federais Luiz Carlos (PSDB) e Fátima Pelaes (PMDB) durante a realização da audiência |
A Comissão Externa da Reconstrução do Porto de Minério da Icomi (Cexamapá), presidida pela deputada federal Fátima Pelaes (PMDB/AP), realizou audiência pública, nesta quinta-feira (5), para ouvir o superintendente de Fiscalização e Coordenação da ANTAQ, Bruno de Oliveira Pinheiro; o diretor da Anglo Ferrous Amapá Mineração Ltda, José Luiz Martins; e o diretor de Projetos da Zamin Ferrous Group, Atul Injaktar, para discutir as causas e ações que estão sendo tomadas para reativar o Sistema.
Segundo o superintendente de Fiscalização e Coordenação da ANTAQ, Bruno de Oliveira Pinheiro, logo após o acidente haviam dois Fiscais da Agência, em Santana, para ver se o porto tinha condições de operacionalização. Nos seus relatórios ficou descartada a primeira versão da empresa Anglo Ferrous de que o acidente teria sido ocasionado por uma onda inesperada vinda do rio. "Nós iremos confrontar o novo relatório da empresa, que foi protocolado hoje na Antaq, com o relatório da Polícia Técnica do Amapá (Politec) para identificar a responsabilidade ".
Já o diretor da Anglo Ferrous Amapá, José Luiz Martins, disse que o porto estava funcionando normalmente, conforme a câmara de segurança, e durante a troca de turno houve o deslizamento que formou uma grande onda em torno de 5 a 6 metros. "A Anglous sempre operou dentro da área e na capacidade prevista no projeto. A causa do acidente foi em função da existência de uma argila metasolo sensitiva, muito rara no mundo, e que em algum momento ela se liquefaz, e escorrendo para o rio causou o desmoronamento. Precisamos manter o funcionamento do porto para garantir os empregos que geramos no Amapá, e para tal, iremos utilizar provisoriamente um pier alternativo até a construção do pier fixo."
O representante da Zamin Ferrous Group afirmou que as duas empresas já assinaram o contrato e estão iniciando a fase de fechamento, que está condicionada ao cumprimento de algumas exigências pelas duas empresas. "Estamos aguardando a anuência para a transferência da construção da ferrovia pelas autoridades locais. O nosso grupo já adquiriu as minas, a planta, a ferrovia e o porto. Afirmou ainda que estão comprometidos com essa aquisição que será o seu mais importante ativo. "Entendemos a importância do porto para o estado e para as mineradoras e faremos o possível para que o porto entre em atividade o mais rápido possível", disse.
A deputada Fátima Pelaes assinalou que é importante reativar o porto, para aquecer a economia da região, gerando empregos e renda. Mas é necessário garantir a segurança dos trabalhadores e da população e responsabilizar os culpados pelo acidente. "O município de Santana está sofrendo graves problemas sociais, com destaque para o uso do crack, e deverá ser compensada, já que apenas Serra do Navio e Pedra Branca estão sendo beneficiadas".
Disse ainda que é necessário que sejam tomadas medidas para que acidentes como esse não ocorram novamente, principalmente no momento que está sendo discutido a implantação de um novo porto na ilha de Santana." Precisamos recuperar o nosso Portal Econômico e garantir mais empregos e renda para nossa gente".
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