Mas o encontro da direção da Anglo American com a imprensa foi também para falar de futuro. A empresa apresentou seu projeto para retomar o embarque de minérios, já no próximo mês de novembro. Para isso vai utilizar o porto da Companhia Docas de Santana, porém não pretende transportar minérios por ruas e avenidas de Santana, conforme se especulava. A empresa vai utilizar barcaças que serão alimentas de minério a partir de um cais ainda remanescente da Icomi, na face leste do Porto da Anglo.
O terminal é de concreto e recebrá uma correia transportadora que será alimentada por caçambas e pás carregadeiras. De lá, as barcaças levarão o minério para a Docas de Santana e os equipamentos dos navios estrangeiros farão o embarque até os porões, para o transporte até os países compradores do minério de ferro extraído das minas em Pedra Branca do Amapari.
José Luís Martins explicou que essa é uma solução temporária, para a empresa voltar ao mercado, mesmo sabendo que essa operação é muito mais cara e mais lenta que o embarque tradicional. “Precisamos garantir a continuidade da empresa”, disse o diretor, alegando que desde o acidente os processos de lavra e transporte de minérios não foi interrompido. “Hoje já não temos mais onde estocar minério”, resumiu.
Reconstrução - Uma informação importante repassada durante a coletiva na Anglo, foi de que estão prontos os estudos para a reconstrução do porto da empresa, a solução definitiva do problema. Paralelamente a isso, haverá um trabalho para uma solução de engenharia para a falha no subsolo do porto. O novo cais não será mais flutuante, tecnologia que vinha sendo utilizada há 60 anos, desde a Icomi. “O novo píer será feito em aço e concreto e terá fundações em área firma, com duas correias para carregamento dos navios”, disse.
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