Recursos de R$ 900 mil que deveriam ser utilizados pela Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) para equipar Armazém de Grãos voltou aos cofres da União por falta de licitação
O Governo do Amapá continua perdendo recursos provenientes de emendas parlamentares da bancada federal no Congresso. A mais recente demonstração de desperdício foi a devolução de R$ 900 mil pela Secretaria de Desenvolvimento Rural-(SDR). Os recursos eram de um convênio do Programa Calha Norte. O dinheiro teve que ser devolvido com correções monetárias porque a SDR perdeu todos os prazos para fazer a licitação de compra da instalação de equipamentos para o Armazém de Grãos (Silos), construído pelo Governo do Estado com emenda do deputado federal Bala Rocha (SLD). As instalações só aguardam os equipamentos para inaugurar e funcionar. O Armazém deveria ser o primeiro e o principal depósito para a produção de soja, arroz e milho do estado do Amapá. A devolução dos recursos atrasará o funcionamento do Armazém e prejudicará a o setor agrícola, produtores e agricultores que atuam na produção de alimentos. Rocha criticou o tratamento que tem sido dado às emendas ao orçamento geral da União pelo governo e algumas prefeituras do Amapá. Segundo ele, a saída agora seria o Governo do Estado aplicar recursos próprios do orçamento, recursos esses que poderiam ser utilizados em outras obras importantes para a população. "É inconcebível que nosso estado continue desperdiçando recursos federais e onerando os cofres do Estado", afirmou. Por outro lado, fazendo uma análise da situação de perdas frequentes de emendas parlamentares pelo estado e pelos municípios do Amapá, Bala Rocha propõe que o governador e os prefeitos devam organizar estruturas adequadas para a execução das emendas, sob pena de continuar jogando dinheiro fora. Outro exemplo citado pelo parlamentar é uma emenda sua de 2012, no valor de R$ 9 milhões para a Saúde que seriam destinados a construir o Pronto Socorro da Zona Norte de Macapá e que, até agora, a Secretaria da Saúde (Sesa) sequer definiu onde aplicar os recursos. "Tudo indica que irão jogar fora esses 9 milhões também, e logo na área crítica da saúde que tanto precisa de atenção", arrematou.
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