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sexta-feira, 25 de agosto de 2017

CULTURA | Quadra Junina do Amapá será analisada em audiência pública em Brasília

A quadra junina será tema de Audiência Pública na Câmara dos Deputados, em Brasília, no dia 14 de setembro. O debate é uma iniciativa do deputado federal Marcos Reátegui, integrante da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços (CDEICS), que autorizou a sessão que tem como tema “Ciclo Produtivo da Quadra Junina”. Estão confirmadas a presença de representantes de entidades de todo o Brasil, entre eles, Daiana Roniele, que preside a Federação das Entidades Folclóricas do Amapá (Fefap) e de Carlos Brito, presidente da Confederação Brasileira de Entidades de Quadrilha Junina (Confebraq).
Considerado setor cultural que atualmente mais movimenta e economia e o entretenimento popular no Amapá,  a quadra junina é um fenômeno em todo o Brasil, responsável pela movimentação da economia e inclusão social e cultural, tema de estudos acadêmicos e alvo de investimentos como manifestação cultural que está presente em todas as regiões do país. A importância da quadra junina levou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) a investir no programa para o Desenvolvimento da Economia  da Cultura, destinado a financiar projetos e planos de negócios do setor.
A grandiosidade cria anualmente expectativa em todo o Brasil que aguarda o período de festivais juninos, nascido com aspectos religiosos protagonizadas no campo e sertões, como agradecimento pela colheita. Do interior, as quadrilhas chegaram nas cidades e se transformaram ao longo dos anos em grandes espetáculos que mobilizam as cadeias social, econômica, cultural e política. Tratada como ponto forte da economia criativa, pelos impactos econômicos, a quadra junina, com a estilização das quadrilhas, movimenta a geração de renda para profissionais da moda, designer, história, costura, maquiagem, figurinistas, artistas, produtores, e uma sequência de setores que giram no entorno do setor.

Economia
No Amapá a quadra junina é movimentada durante o ano inteiro, e a Fefap mobiliza cerca de 100 grupos distribuídos em todo o estado, que agregam em média 80 pessoas, entre quadrilheiros e profissionais. Oficialmente a quadra inicia em maio, com as disputas nos polos municipais, mas desde o término do festival estadual os grupos já se organizam para o próximo ano. Estima-se que circulam ao redor da quadra junina, justificando a economia criativa, aproximadamente 20 mil pessoas, principalmente das periferias, de onde saem a maioria dos integrantes.
“Este setor é o que mais cresce, e sem interrupção, com ou sem investimento de recursos públicos. São centenas de jovens e famílias inseridos no processo cultural e econômico, que os afasta do crime e violência, a maioria se destaca como dançarino, coreógrafo, maquiador, estilista, costureiro É uma cadeia que sobrevive silenciosamente nas periferias, e têm o ápice nas apresentações, quando finalmente são aplaudidos e elogiados por seu talento e trabalho. Este e um fenômeno que precisa ser tratado com seriedade e suas perspectivas debatidos em cenário nacional”, defende o autor da audiência, deputado Marcos.
Além da presidente da Fefap, Daiana Ronieli, a audiência terá a participação de membros da Confebraq, que através do presidente Carlos Brito, que mobilizou entidades  que realizam a quadra junina em todo o Brasil. Os estados de Goiás, Bahia, Roraima, Minas Gerais, Alagoas, Piauí, Amazonas, Pernambuco, Paraíba, Ceará, Tocantins, Pará, Rio de Janeiro e Distrito Federal estarão representados. “É um grande avanço levarmos este debate para a Câmara Federal, sairmos das pontes e periferias, deixarmos o estigma de ambiente violento e  irmos para Brasília, mostrar a importância da quadra e debater o assunto como viés da economia criativa”, disse Daiana Ronieli.

Colaborou: Mariléia Maciel

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