A deputada federal Janete Capiberibe (PSB/AP) discursou hoje, 8, na tribuna da Câmara dos Deputados para homenagear as mulheres brasileiras no Dia Internacional da Mulher. A deputada socialista citou projetos de lei aprovados pela Câmara e Senado nesta semana com foco na equidade de gênero. Projetos – A Câmara aprovou o Projeto de Lei que prevê a realização de reconstrução da mama pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no mesmo tempo cirúrgico da mastectomia (retirada da mama realizada em casos de câncer), quando houver condições técnicas. O Senado Federal aprovou os projetos que estabelecem multa para as empresas que pagarem remuneração menor às mulheres por trabalho idêntico ao dos homens, o que aumenta de quatro para seis meses o período de recebimento do seguro-desemprego para mulheres que são chefes de família e o projeto de lei que reduz o tempo de contribuição exigido para que as donas de casa se aposentem por idade — com benefício de um salário mínimo. Esses projetos precisam ser aprovados pelos deputados.
Liberdade – Citando a presidenta Dilma Rousseff, presa e torturada pela ditadura militar, a deputada Janete Capiberibe estendeu sua homenagem às mulheres brasileiras. A socialista defendeu a instalação da Comissão da Verdade, para reparar os registros históricos e investigar mortes e desaparecimentos acontecidos na ditadura militar. Janete Capiberibe repudiou as declarações de militares da reserva que criticam a instalação da Comissão da Verdade e colocam em dúvida a ocorrência dos crimes de prisão, tortura, desaparecimentos e assassinados de militantes políticos cometidos pelos militares durante a ditadura. “Fui presa, torturada e obrigada a deixar o país, com meu companheiro e uma filha de colo. Tenho orgulho da minha história e de tê-la dedicado toda à vida pública. Não tenho o que esconder. Esta Casa, fechada pela ditadura militar, não pode calar-se diante dessa e de novas afrontas à democracia. Por isso, minha homenagem e meu incentivo às mulheres que lutaram e lutam, sem parar, pelo que temos de mais caro: a liberdade e a democracia”, incentivou.
Sizan Luis Esberci
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