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segunda-feira, 5 de março de 2012

JK: "Sinto-me preparado para realizar o que Macapá precisa"

MICHEL JK - O pré-candidato tucano diz que chegou o seu momento e disputa a PMM
O deputado estadual Michel JK (PSDB) foi ao rádio ontem ser sabatinado pelo programa Conexão Brasília, da Diário FM, dentro de uma série de entrevistas com os pré-candidatos a prefeito de Macapá. Falou sobre como nasceu o sonho de concorrer a uma das mais cobiçadas cadeiras da política local, a de prefeito da capital. Diz que não é uma imposição partidária, mas um sonho que acalenta desde sua primeira disputa nas urnas, quando foi eleito vereador de Macapá. Enumera também experiências bem sucedidas do seu partido em administrações de grandes estados brasileiros como o know-how a ser empregado também na Prefeitura de Macapá caso seja eleito. Essas e outras argumentações estão na entrevista que o Diário do Amapá publica a seguir.

CLEBER BARBOSA
DA REDAÇÃO

Diário do Amapá - A gente ainda trata as aspirações para as próximas eleições como pré-candidaturas, mas pelo que se vê elas estão num estágio até bem avançado, falando-se até em prováveis alianças para as coligações não é mesmo?
Michel JK - É, essas eleições se anteciparam um pouco, na verdade os preparativos para as eleições de 2012 começaram ainda no ano que passou, um período conturbado que o Amapá viveu, mas que ao mesmo tempo quer dar o seu retorno, quer mostrar que no Amapá existem pessoas de bem, pessoas que realmente querem mudar a qualidade de vida do nosso povo, que querem verdadeiramente trabalhar.

Diário - E essas pessoas estariam se credenciando a disputar essa eleição municipal, é isso?
Michel - Se começou a travar essas discussões em torno das eleições sim, onde se lançaram vários pré-candidatos que já começaram a trabalhar as alianças partidárias e estão trabalhando diariamente junto a lideranças, tanto partidárias como eleitorais, então existe sim uma disposição muito grande dos pré-candidatos também se prepararem, estarem inteirados da realidade do município de Macapá e das necessidades que o município enfrenta.

Diário - Por falar em alianças deputado, essas eleições por serem municipais e sem o instrumento da chamada verticalização não sofrerão ingerências dos diretórios nacionais dos partidos não é?
Michel - Exatamente, mas no PSDB existe uma grande vantagem de poder no Amapá sentar desde a extrema direita até a extrema esquerda, pois o que exigimos para se sentar à mesa de negociação é que não tenham brigas. A intenção do PSDB é vir para a disputa eleitoral, mas no campo das idéias, para a busca da qualidade de vida, para lutar pelos interesses da população ou seja, ver de perto realmente o que é necessidade imediata da população para ser feita, o que o poder público municipal tem que dar respostas, se é a saúde, se é a educação, se são as vias, se são as ruas, se é o transporte coletivo, temos que buscar isso.

Diário - E os partidos, podem ajudar nessas discussões?
Michel - A gente tem sentado com todos os partidos, com todas as lideranças, para discutir Macapá. Construir um grande projeto para Macapá que possa evidenciar mais do que nunca a melhoria da qualidade de vida da população, é isso que nós, quando decidimos ser gestores públicos, temos que tem em nossa vida, que os nossos interesses pessoais estão abaixo dos interesses coletivos, é isso o que eu busco na política.

Diário - Por falar em interesse pessoal, muitos candidatos costuma dizer que suas candidaturas são uma imposição do partido, uma decisão tomada pela cúpula da legenda. E no seu caso, a candidatura foi imposta ou é uma vontade própria?
Michel - Desde o ano 2000, quando eu pensei pela primeira vez em ser candidato, tiveram algumas articulações e acabei não senso, mas a idéia era começar pela Câmara Municipal, que é o que se chama de Legislativo Mirim, mas é a maior escola da política. Eu digo inclusive que qualquer pessoa que queira almejar uma carreira política tem que começar pela Câmara, tem que ser vereador, pois é lá que você tem um princípio básico do que é ser um agente público, um gestor público, o que é trabalhar, o que é legislar.

Diário - E a primeira candidatura veio quando?
Michel - Em 2004, quando concorri a vereador e fui o candidato mais votado em Macapá, já com essa intenção de aprender como vereador, de ser deputado e, é claro, sempre almejando um cargo majoritário, ser prefeito, ser governador. E a genter tem buscado isso, tem se preparado, tem trabalhado e eu vejo que chegou o momento, depois de um mandato de vereador e estou no segundo mandato de deputado estadual, sinto-me preparado hoje para realizar aquilo que Macapá precisa, ser capaz de transformar a vida da população macapaense de uma forma positiva.

Diário - E o seu partido também acha que é chegada a hora?
Michel - Existe a decisão do partido, que quer ter candidato, não decidiu que vai ser A, B ou C, é uma decisão interna de cada um, pois o partido tem grandes nomes. Eu tinha o presidente da Câmara de Macapá, vereadoer Rilton, que tinha pretenções também, mas há duas semanas atrás nós sentamos e ele decidiu fechar comido, dizendo que estaria comigo neste projeto tucano e que sentia ser este o meu momento. Ele também trouxe várias idéia em prol do município de Macapá e ele está em seu quarto mandato como presidente da Câmara então tem a noção do que é hoje a realidade do município de Macapá, então ele abriu mão de sua pré-candidatura, que estava preparadíssima, em prol da nossa.

Diário - Além dele o seu partido também tinha outros bons nomes para essa disputa, não é mesmo?
Michel - Sim, claro. Tínhamos o presidente Jorge Amanajás, que é um ícone da política amapaense, juntamente com o senador Papaléo Paes, que também poderiam ser os candidatos, mas que diante da meu desejo em disputar a eleição recuaram e disseram estar comigo nessa jornada. Mas temos ainda o vereador Marcelo Dias, o deputado federal Luiz Carlos, ou seja, toda a bancada tucana juntamente com nossos filiados estão neste projeto, acreditam que é o momento do Michel JK enfrentar as eleições, que está preparado para verdadeiramente mudar a realidade do município de Macapá, mudar a nossa história.

Diário - E no campo federal, já que o senhor esteve esta semana em Brasília reunido com lideranças do seu partido, como estão esses entendimentos?
Michel - Exatamente, no último dia 28 eu estive em Brasília para uma reunião da Executiva Nacional do PSDB, onde o deputado Bruno Araújo, que é o líder do partido na Câmara Federal, puxou essa reunião com os nossos parlamentares e os pretensos candidatos às eleições municipais de todo o país. Foi um grande encontro, onde Macapá esteve em pauta por reconhecerem a importância da Prefeitura de Macapá não para o partido, mas pelo que o partido pode fazer por Macapá, ou seja, implementar suas políticas públicas que estão dando certo no Estado de São Paulo, por exemplo, que o PSDB tem administrado há décadas, assim como Minas Gerais e tantos outros Estados que o PSDB implementa.

Diário - E como o partido pensa em ajudar uma futura administração tucana em Macapá?
Michel - Eles disseram que a ajuda vai além da eleição, mas na maneira de administrar, trazendo pessoas preparadas para ajudar a implementar a cultura amapaense, colocando isso na maneira tucana de administrar. O secretário-geral do nosso partido, Rodrigo de Castro, também deputado federal por Minas Gerais, também avalisou, falou da importância do nosso projeto. Na próxima quinta-feira agora vou ter uma reunião com o senador Aécio Neves, que tem a intenção de vir ao nosso estado. Há cerca de um mês atrás, ele enviou para cá a Turma do Chapéu, um movimento da Juventude Tucana mineira, que está visitando todas as capitais do Brasil para fazer um levantamento sobre como as capitais vivem, do que dependem, como elas são, os pontos turísticos, de modo a formatar também uma proposta para a cidade de Macapá.

Diário - Por falar em juventude, quais são os seus projetos para o esporte no município de Macapá?
Michel - É interessante falar nisso. O vereador Marcelo Dias, que é do nosso partido e que tem sido nosso parceiro, teve aprovado um projeto seu no sentido de montar em parceria com o governo federal um centro de atletismo, sabendo da importância e do valor de muitos dos nossos atletas. Já tivemos desportistas locais que venceram competições nacionais, mas que deixaram o nosso Estado por falta de apoio, tanto do governo municipal quanto do governo estadual. O projeto infelizmente foi vetado e voltou para a Câmara Municipal. O vereador tem trabalhado para tentar derrubar esse veto sabendo da importância dele. A gente está disposto a aproveitar essas idéias pois não dá para ter pretenções no esporte se não houver a estrutura mínima necessária, como um centro de atletismo, um campo de futebol decente, além, é claro, da estrutura física temos que garantir pessoal, ter técnicos, professores, auxiliando nessa formação do esporte.

Diário - Deputado, o senhor vem de uma tradicional família empreendedora do estado, é um empresário bem sucedido, então que fundamentos da gestão privada pensa em levar para o serviço público uma vez eleito prefeito de Macapá?
Michel - Está comprovado que a administração pública tem que estar antenada para as melhores solução da gestão empresarial, a chamada gestão público privada, uma administração compartilhada. O desafio de todo gestor ao assumir as Prefeituras do Estado do Amapá ou o Governo, é ter a sapiência de alinhar desenvolvimento econômico com desenvolvimento humano e é claro que para isso você tem que ter metas, um modelo de gerenciamento que vem da iniciativa privada.

Diário - E para a captação de recursos federais deputado, como o senhor pretende fazer com relação ao aproveitamento dos técnicos, trazer gente de fora ou buscar uma solução caseira?
Michel - Temos que garantir que o nosso pessoal esteja preparado, recebendo treinamento, sendo aprimorados. A capacitação dessa mão de obra não precisa ser necessariamente feita por pessoas de fora, pois aqui temos excelentes técnicos, gente capacitada mesmo, conheço várias, que podem perfeitamente ajudar toda e qualquer gestão, seja municipal ou estadual, ajudando a preparar projetos e buscar os recursos lá fora. Uma coisa que precisa ser dita é que a eleição dura apenas três meses e que depois dela tem que se desmontar palanques políticos e esquecer bandeiras partidárias. Não é porque uma pessoa, que é um execelente técnico, não deva ser aproveitado no meu governo só porque trabalhou em outra gestão, ou que um projeto que foi feito por outro partido não possa ser implementado. Tudo aquilo que leve a melhoria da qualidade de vida com certeza eu vou aproveitar.

Perfil

O amapaense Michel Houat Harb, o Michel JK, como é conhecido na política, nasceu em 12 de Junho de 1978, é formado em Economia, empresário, casado e pai de dois filhos. É de uma família de quatro irmãos; seus pais Romeo e Katia, estão no Amapá desde a década de 50, contribuindo com as atividades comerciais do estado. Em 2004, lançou a candidatura para vereador,com o nº 45.123 foi mais votado naquele pleito, com 4.095 votos. Em 2006, lançou candidatura a deputado estadual e conseguiu se destacar como 10º colocado entre os 24 depu-tados da assembléia legislativa do Amapá, obtendo 5.450 votos. Foi reeleito em 2010 para seu segundo mandato na AL. É presidente do Diretório Municipal do PSDB.

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