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quinta-feira, 15 de março de 2012

Linhão do Tucuruí avança pelo Jari para ligar Amapá ao sistema elétrico nacional


Para integrar o sistema elétrico das regiões de Manaus, Macapá e municípios situados à margem esquerda do Rio Amazonas entre as capitais do Amazonas e do Amapá ao Sistema Interligado Nacional (SIN) serão construídas linhas de transmissão e subestações que formam o empreendimento conhecido como Linhão de Tucuruí ou Interligação Tucuruí-Macapá-Manaus. A Interligação Tucuruí-Macapá-Manaus será composta por sete linhas de transmissão e oito subestações, das quais sete são totalmente novas.
O investimento estimado será de aproximadamente 3 bilhões de reais. O empreendimento proporcionará diversos benefícios às regiões afetadas, como a geração de um grande número de empregos durante a obra e muitos outros que permanecerão durante todo o prazo de concessão. A partir da entrada em operação,prevista contratualmente PA ra final de 2011, será possível fornecer energia proveniente de usinashidráulicas conectadas ao SIN, eliminando a necessidade de grande parte da geração térmica, obtida a partir da queima de combustíveis fósseis (óleo e gás), mais cara e poluente.

Integração - O sistema elétrico brasileiro funciona de forma integrada, no chamado Sistema Interligado Nacional, com diversas interligações entre as regiões do País. Essa operação de forma integrada proporciona diversos benefícios à sociedade, como a possibilidade de intercâmbio de energia entre regiões, aproveitando-se das complementaridades hidrológicas. Com isso, durante o período chuvoso, uma região com energia abundante e barata pode fornecer energia à outra que esteja enfrentando um período de seca. Esse procedimento operativo minimiza a utilização de usinas térmicas a óleo ou gás.
Entretanto, algumas regiões do País, principalmente a região Norte, nos estados do Amazonas, Roraima, Amapá e parte do Pará, permanecem isoladas do SIN. O fornecimento de energia a essas regiões é predominantemente feito por fontes de geração térmica, mais cara e mais poluente do que outras, como a hidroelétrica, que é abundante no País. Além das fontes de energia térmica não serem as mais adequadas entre as opções disponíveis, a confiabilidade também é comprometida pela falta de robustez dos sistemas de transmissão e pelas dificuldades logísticas de abastecimento de combustível. Para que os consumidores dessas regiões não tenham custos altos com energia elétrica, existe um encargo setorial chamado Conta de
Consumo de Combustíveis Fósseis (CCC), através do qual os consumidores de todo o País subsidiam os custos da geração termelétrica nas regiões isoladas do SIN. O custo estimado com a CCC para 2010 é de aproximadamente 4,7 bilhões de reais.
De forma a integrar a Amazônia ao SIN, foi licitada a concessão para construção e operação das linhas de transmissão e subestações que interligarão as regiões de Manaus, Macapá e da margem esquerda do Rio Amazonas entre as capitais do Amazonas e do Amapá. Esse empreendimento é conhecido como Interligação Tucuruí-Macapá-Manaus ou como Linhão Tucuruí-Manaus. Trata-se de uma obra de extrema complexidade técnica e de impacto ambiental relevante com a construção de sete linhas de transmissão em circuito duplo com extensão total aproximada de 1.800 km que conectarão oito subestações e perpassarão regiões de difícil acesso, com travessias de rios de grande porte. Durante a escolha da alternativa para
integração da Amazônia ao SIN, os responsáveis pelo planejamento do setor elétrico buscaram uma
solução de menor custo global e menor impacto ambiental o que facilitaria o licenciamento para
construção das instalações.
Como curiosidade, uma comparação entre uma das torres do linhão, a torre Eiffel (Paris) e a Torre de TV (Brasília)
O Linhão Tucuruí-Manaus trará benefícios para os municípios atingidos pelo empreendimento, sobretudo
àqueles contemplados com subestações, que contarão com a geração de grande número de empregos durante as obras e, posteriormente, para formar as equipes de operação e manutenção que trabalharão durante todo o período de concessão.
Com a conclusão do empreendimento, os consumidores terão um fornecimento de energia menos poluente, com mais qualidade e confiabilidade e a preços mais competitivos. Os benefícios não se restringirão à região Norte, mas a todos os consumidores do País com a redução dos custos da CCC.

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