EDITOR DE TURISMO
Uma das maiores atrações turísticas do interior do Estado, a Base Aérea do município de Amapá, distante cerca de 300 quilômetros de Macapá, deverá ser revitalizada. É o que prevê um pacote de medidas voltadas a valorização da aviação regional pelo país. O anúncio foi feito ontem (29) pelo superintendente do Banco do Brasil no Amapá, Rosélio Arnoldo Fürst, em entrevista a rádio Diário FM. Segundo ele, em Amapá e Oiapoque, que possuem aeródromos regionais, serão investidos R$ 74 milhões pelo Governo Federal.
O executivo do Banco do Brasil explicou que mais do que um interveniente financeiro do projeto, o Banco do Brasil é o responsável pela execução, tendo para isso celebrado parcerias com os Governos dos Estados para a execução das obras. Os contratos com a Secretaria de Aviação Civil foram celebrados no último dia 20, depois de uma criteriosa análise dos diagnósticos feitos nos dois aeródromos amapaenses, a partir do apoio da Secretaria Estadual dos Transportes (Setrap). O próprio titular da Setrap, Bruno Mineiro, acompanhou o Banco do Brasil no trabalho de levantamento das demandas e da estrutura existente nos dois aeroportos.
Bruno Mineiro e Rosélio Fürst |
O secretário estadual dos Transportes, Bruno Mineiro, salientou que além da revitalização histórica da Base Aérea, a reformulação e ampliação de dois aeroportos no interior do Estado também possibilita um incremento na aviação aérea regional, com interesse manifestado por empresas do setor em oferecer voos regulares para municípios do interior, como Amapá e Oiapoque. “É uma excelente oportunidade que o Amapá está abraçando a partir dessa parceria com o Governo Federal através do Banco do Brasil, uma nova chance para a economia e o turismo local e regional”, disse Mineiro.
Batizado oficialmente como “Programa de Investimentos em Logística: Aeroportos”, trata-se de um conjunto de medidas do governo federal para melhorar a qualidade dos serviços e da infraestrutura aeroportuária, ampliar a oferta de transporte aéreo à população brasileira.
A vida hoje na velha Base Aérea de Amapá
Situada a 9 quilômetros da cidade de Amapá, a Base Aérea constitui-se em uma das mais importantes localidades do município, devido na mesma estar localizado o aeroporto da cidade de Amapá. A população da Base Aérea atualmente é de 140 habitantes. A quase totalidade da mão-de-obra da Base Aérea encontra-se na atividade da agricultura. A agricultura é a base da economia local, destacando-se a cultura da mandioca, para o preparo exclusivamente da farinha. Podem-se citar ainda alguns cultivos em pequena escola, como milho, batata roxa, abacaxi e banana.
O estado físico do prédio destinado à educação da população da Base Aérea é excelente, possuindo duas salas de aula, dois quartos para professor, uma cozinha, um banheiro com sanitária, uma sala para funcionar a secretaria da escola, um depósito e uma área de estar pertencente à dependência do professor. Existe atualmente em média 30 alunos estudando de 1ª à quarta séries. A merenda escolar é distribuída regularmente pelo Governo do Estado. A localidade possui um posto médico com instalações físicas regulares.
Uma história cheia de simbolismos e apoio estratégico às forças aliadas
Os trabalhos de construção da Base Aérea de Amapá tiveram início em 1941, em obediência ao decreto federal 3462, de 25 de julho de 1941, autorizando a realização de operações de guerra em solo brasileiro, e ao mesmo tempo autorizando a Panair do Brasil, na época uma subsidiária da Pan American Airways, para iniciar as obras necessárias à construção de campos de aviação no Norte e Nordeste do Brasil, e com a finalidade de permitir a utilização de aeronaves de grande porte mediante as condições impostas pelo governo norte-americano. Baseada no artigo I desse decreto, a Panair do Brasil construiu e aparelhou o Aeroporto de Amapá. O governo norte-americano tinha também deveres específicos, tais como realizar benfeitorias no aeroporto, ampliando-o para além de mil metros; preparar piso de modo a suportar a compressão de grandes aeronaves; farol rotativo; luzes para assinalar os limites dos aeroportos; Holofotes para iluminar as pistas; usinas de emergências para energia elétrica.
Todos os projetos realizados na Base foram submetidos ao governo brasileiro. Entre esses constavam plantas, orçamentos e especificações técnicas. Por sua vez, o Ministério da Aeronáutica construiu os edifícios para aquartelamento dos contingentes da Força Aérea Brasileira que passaram a operar nas bases de Belém, Fortaleza, Recife e Salvador. Também foi de alçada da Aeronáutica a construção de residências para alojar o pessoal militar não só da FAB, como também da força aérea norte-americana. A desapropriação de terrenos e imóveis na área da Base Aérea, incluindo benfeitorias, foi respaldada pelos decretos nº 14.431, de 31 de dezembro de 1943.
INFORMAÇÕES
- A Base Aérea de Amapá fica distante cerca de 302 km da capital, Macapá, e 9 km da sede municipal.
- Foi construída durante a II Guerra Mundial, como base de apoio aos Aliados na luta contra o nazi-fascismo, permitindo o abastecimento de aviões norte-americanos com destino à África, que levavam ajuda aos aliados como Inglaterra e União Soviética.
1941
Este foi o ano do início da construção da velha Base Aérea do município de Amapá.
ZEPPELIM
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