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O diário espanhol destacou a atuação do presidente do Senado ao longo de 54 anos de vida pública, para o desenvolvimento do Brasil, classificando-o como "um monumento nacional"
A Gazeta (AP)
O periódico ressalta que, para Sarney, o Congresso Nacional foi profundamente prejudicado pelo excesso de medidas provisórias
Segundo o El País, o presidente do Senado antecipou algumas passagens que estarão disponíveis em seu livro de memórias. Numa delas, Sarney conta que recebeu o ex-presidente Lula por três vezes em sua casa e que decidiu então apoiá-lo, na sua quarta tentativa em se tornar presidente da República, quando logrou êxito.
O diário também ressaltou a afirmação de Sarney de que ex-presidentes da República não deveriam voltar a disputar eleições, porque estariam expostos "ao tiroteio da guerra cruel que é a política". Sarney explica que sua declaração não tem qualquer relação com uma eventual nova candidatura do presidente Lula: "Eu não dou conselhos pessoais", diz ele.
O periódico ressalta que, para Sarney, o Congresso Nacional foi profundamente prejudicado pelo excesso de medidas provisórias. "O Congresso precisa recuperar sua função legislativa”, disse. Sarney também chama a atenção para a necessidade de uma reforma política no país. “Há 54 anos, tem se falado nisso, mas aparentemente, ninguém quer”, afirmou.
A entrevista de Sarney à Folha de S. Paulo também gerou comentários positivos do ex-ministro da Justiça, Paulo Brossard. Em artigo publicado pelo jornal Zero Hora, o jurista considerou ser oportuna a discussão do papel do Legislativo e do Executivo, a partir da opinião do presidente Sarney de que o Brasil só avançará institucionalmente quando passar do sistema presidencialista para o parlamentarista: "Quase desnecessário dizer que, a meu juízo, a assertiva é oportuna e sábia", disse Brossard.
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