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segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Amapá entra na rota internacional de escoamento de grãos


CID1-ROTA DE GRAOS
A diretoria do BNDES aprovou financiamento de R$ 75,9 milhões para a Companhia Norte de Navegação e Portos S/A (Cianport). O projetovai gerar empregos e renda nas cidades de Itaituba (PA) e Santana (AP) - onde serão construídas as estações de transbordo -, proporcionando o desenvolvimento da economia local e o fortalecimento do setor naval na região Norte.

Mas, para que isso ocorresse, desde julho do ano passado o governador do Amapá Camilo Capiberibe vem se reunindo com empresários de Mato Grosso interessados em busca de alternativas para o escoamento de graus para a Europa com custo reduzido.

Em todos os encontros, que ocorreram tanto no Amapá quanto em Mato Grosso, Camilo mostrou as potencialidades do porto de Santana e sua posição estratégicas em relação a Europa e garantiu, como contrapartida, a re-gularização de uma área no Distrito Industrial de Santana e na Ilha de Santana, o que aumentou ainda mais os interesses dos empresários em investir no Amapá.

O fruto da articulação política, foi a criação da Companhia Norte de Navegação e Portos S/A (Cianport), fundada em dezembro de 2011, por investidores nacionais (Fiagril Participações S.A. e Agro Soja Comércio e Exportações de Cereais Ltda). Detalhe: uma das exigências do governado foi de que a sede empresa fosse em Macapá, o que foi aceito pelo grupo.

"Temos o Porto de Santana como opção para o Norte da produção de Mato Grosso e do Amapá, na foz do rio Amazonas, que pode baratear o frete em 30%", confirma.

O investimento apoiado pelo BNDES permitirá a utilização de uma nova rota de escoamento de grãos transportados pela Cianport da região Centro-Oeste para o exterior, especialmente China e União Europeia.

A empresa atuará dentro do corredor logístico intermodal, formado pela BR-163 e a hidrovia Tapajós-Amazonas. Para tanto, serão construídos no Estaleiro Rio Negro (Erin), em Manaus (AM), dois empurradores fluviais, oito balsas graneleiras do tipo Box, de 2,8 mil toneladas de porte bruto (tpb), e dezesseis balsas graneleiras do tipo Racked, de 2,7 mil tpb.

projeto ampliará a competitividade dos produtos comercializados na região, uma vez que reduzirá custos de frete e tempo de transporte em relação às atuais rotas de escoamento. O apoio do BNDEScontribuirá, ainda, para descongestionar os portos de Santos e Paranaguá, rota atual utilizada para escoamento.

Os investimentos também têm como méritos a redução do gasto com combustível - aumentando a eficiência energética do transporte e contribuindo para reduzir os desgastes das rodovias - e a menor emissão de poluentes, dado o menor consumo de combustível, consequência direta da transferência de significativa parte do trajeto do modal rodoviário para o modal hidroviário.

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