"Nosso cuidado tem sido até hoje em não provocar uma guerra federativa, mas ao mesmo tempo não podemos desconhecer o sentimento do País inteiro que o subsolo sendo da União, todos os Estados e toda a população brasileira têm direito de participar". O alerta foi feito pelo presidente José Sarney quando, acompanhado do presidente da Câmara, Marco Maia, recebia representantes dos governadores do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, defensores da "partilha equânime" entre os estados dos royalties do petróleo.
"Na minha longa passagem no Parlamento, confesso que nunca vi um assunto que apaixonasse tanto a Casa quanto esse", destacou Sarney para ressalvar: "Temos que ter um cuidado muito grande para não considerar esse assunto como partidário, nem político, mas um assunto federativo, que transcende todas as nossas divisões aqui".
O presidente da Assembléia Legislativa gaúcha, Adão Villaverde, liderava o grupo que entregou dois documentos ao presidente do Senado. Um veio assinado pelos dirigentes do Conselho de Desenvolvimento do Extremo Sul (Codesul) - governadores Tarso Genro (Rio Grande do Sul), Carlos Alberto Richa (Paraná), João Raimundo Colombo (Santa Catarina) e Simone Tebet (Mato Grosso do Su), governadora em exercício. Especificamente gaúcho e encabeçado também pelo governador Tarso Genro, o outro tem assinaturas do presidente do Tribunal de Justiça, Leo Lima, do procurador-geral do estado, Eduardo Lima Veiga, além do próprio Villaverde. Ambos defendem "distribuição equânime entre todos os entes federados dos royalties da exploração do petróleo".
Secretaria de Imprensa da Presidência do Senado
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