Uma cerimônia simbólica organizada por uma comitiva de autoridades francesas marcou a abertura oficial da Ponte Binacional que liga o Amapá ao Platô das Guianas. O evento aconteceu sob uma fina chuva neste sábado, 18, mas que não atrapalhou a programação.
Chefiando a delegação de autoridades brasileiras, o governador do Amapá, Waldez Góes, destacou que o funcionamento da Ponte Binacional aumentará a presença dos poderes centrais do Brasil e da França na fronteira de Oiapoque e Saint George. “Estou convicto de que a presença de órgãos do poder central das duas nações será intensificada nesta faixa de fronteira. E, com isso, chegam os investimentos e se fortalecem os compromissos com outros projetos para a região”, enfatizou o governador amapaense.
Waldez Góes exemplificou os investimentos que o Executivo tem para o município de Oiapoque, como a implantação de uma Escola em Tempo Integral, a licitação de 17 km de asfalto para a mobilidade urbana e a retomada do Programa Luz Para Todos, que beneficiará várias comunidades até o Distrito do Cassiporé.
Cerimônia
Entre outros eventos, a programação contou com o encontro de autoridades francesas e brasileiras no meio da ponte, logo após o corte das fitas que inaugurou a obra. As fitas tinham as cores das bandeiras do Brasil e da França. Depois do corte, elas foram cortadas em várias partes e entregues às autoridades brasileiras e franceses.
Em seguida, as delegações dos dois países percorreram a metade do trajeto do lado francês de mãos dadas representando a cooperação internacional entre os povos, com a fita do país vizinho no paletó. Eles fizeram o percurso até o dispositivo preparado do lado francês para a fala das autoridades. Na ocasião, os franceses deram as boas-vindas aos brasileiros.
Cooperação
“Esse é um momento que será muito frutífero para a relação do Brasil e da França. Os vizinhos brasileiros vão poder trabalhar junto conosco para o desenvolvimento dos dois países”, saudou o prefeito da Guiana Francesa, Martan Jaguer. As demais autoridades francesas destacaram a importância da cooperação internacional a partir da ponte.
Para o senador Randolfe Rodrigues (Rede), os dois povos devem se inspirar nos indígenas que há muitos séculos se relacionam sem nenhuma fronteira entre as etnias. “Este é o ensinamento que as populações originárias nos deixam. Que este exemplo inspire a partir da inauguração dessa ponte, a relação que teremos entre Amapá e Guiana Francesa”, enfatizou o parlamentar.
Entusiasta de movimentos culturais, o deputado federal Cabuçu Borges (PMDB) fez referência ao desenvolvimento cultural entre os dois países a partir da ponte.
Também presente no evento, a ministra Vera Campelli, cônsul-geral do Brasil na Guiana Francesa, que expressou a grande expectativa em torno das outras etapas da abertura da Ponte Binacional. “A gente espera que não demore a definição dos acordos que estão pendentes para a liberação de cargas, passageiros e outras relações pendentes. Com o pleno funcionamento da ponte, podemos pensar em ampliar o comércio e outras frentes de cooperação”, avaliou.
O diretor geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Valter Casimiro, agradeceu aos parlamentares amapaenses que alocaram recursos para a construção do pátio aduaneiro do lado brasileiro. A obra está em fase de construção e a expectativa é que seja inaugurada até o segundo semestre deste ano.
Além do senador Randolfe Rodrigues e deputado federal Cabuçu Borges, a cerimônia de abertura da Ponte Binacional contou com a presença dos senadores Davi Alcolumbre (DEM), João Capiberibe (PSB), deputados estaduais Antônio Furlan (PTB) e Raimunda Beirão (PMB), prefeita de Oiapoque, Maria Orlanda, prefeito de Macapá, Clécio Luís Vieira, vereadores de Oiapoque e o presidente em exercício do Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), desembargador Gilberto Pinheiro. E, ainda, os secretários do Governo do Amapá.Vista parcial da ponte binacional sobre o Rio Oiapoque, na divisa do Brasil com a Guiana Francesa |
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