A comparação entre os gastos com a manutenção dos presídios e com a educação pública foi o tema de pronunciamento do senador Geovani Borges (PMDB-AP) nesta terça-feira (22). Os números, afirmou, indicam que o Brasil investe pouco em educação.
- Temos, então, o paradoxo: de um lado as intenções e a disposição do governo da presidente Dilma [Rousseff] em privilegiar os resultados voltados para a educação e, por outro lado, essas verbas minguadas que a gente ainda vê - lamentou.
Os dados apresentados pelo senador - fornecidos pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação - indicam gastos de mais de R$ 40 mil anuais por preso em instituição federal, contra cerca de R$ 15 mil por aluno das universidades federais. A disparidade é ainda maior, enfatizou Geovani Borges, quando se comparam o dispêndio dos presídios estaduais e os gastos com o ensino médio, sob responsabilidade dos estados e Distrito Federal. São R$ 21 mil por preso contra R$ 2,5 mil por aluno.
Geovani Borges citou outros números da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, que apontam baixos investimentos em educação. Segundo os dados, o gasto público na educação, com itens como salários dos professores e equipamentos pedagógicos, deveria ser 40% a 50% maior. Ainda segundo o mesmo estudo, para atingir as metas fixadas pelo Plano Nacional de Educação os governos deveriam dobrar seus investimentos, gastando R$ 327 bilhões ao ano com o setor.
Da Redação / Agência Senado
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