"Já caiu. É esperar apenas mais quatro meses até o impeachment", declarou Jucá, dando indícios de que, ao contrário do que vem afirmando ministros do núcleo duro do Planalto, o processo de impeachment na Câmara dos Deputados não morreu.Um dos principais caciques do PMDB, o ex-presidente da República José Sarney deu a sentença do governo da presidente Dilma Rousseff, nesta quarta-feira (9), diante de senadores da legenda.
"Acabou (o governo). É como Café Filho , Getúlio e Collor", disse Sarney, numa breve frase, sinalizando para os próximos movimentos que o maior partido da base aliada poderá fazer em relação ao Palácio do Planalto.
Em outro encontro, o senador Romero Jucá (RR), tido como uma espécie de porta-voz do presidente do Congresso Nacional , senador Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que a destituição do governo é questão de tempo.
Neste sábado (12), o governo terá mais uma prova de fogo, quando o PMDB se reúne para sua Convenção Nacional. Em princípio, o encontro é para a eleição da Executiva Nacional, mas são esperados discursos inflamados da ala que prega a saída da base aliada do governo.
Principal aliado de Dilma hoje no PMDB, Renan Calheiros vem afirmando que seu partido precisa ser prudente para não agravar a crise, mas externou na reunião de ontem a necessidade de "dar um cavalo de pau". Segundo o presidente do Senado, "é preciso escolher a quem vamos entregar o governo, fazer uma transição no sistema de governo. Presidencialismo é um fábrica incontrolável de crises”.
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