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quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

DEFESA | Primeiras mulheres a virar cadetes da AMAN chegam à tradicional escola

Resende (RJ) – Em 1944, a Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) estava recém-construída. Após alguns anos de trabalho árduo, uma equipe de militares e civis finalmente transformariam em concreto, aço e vidro parte do sonho e do ideal do Marechal José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque. No entanto a alma da nova Academia ainda não existia. Então, um grupo de Oficiais, Cadetes e Praças da Escola Militar do Realengo chegou a Resende, ultimando os preparativos para que as atividades de instrução pudessem, enfim, serem iniciadas. A formação dos futuros Oficiais do Exército Brasileiro dava seus primeiros passos na região das Agulhas Negras.  Era o início das atividades na AMAN, que a partir da metade do Século XX, se tornaria o “berço da oficialidade” do Exército Brasileiro.
Mais de 70 anos depois, um sentimento semelhante toma conta dos integrantes da AMAN. O ingresso de mulheres no Estabelecimento de Ensino, fez com que boa parte de seus integrantes estivessem ocupados nos últimos anos com a melhor preparação da Academia para estar perfeitamente adaptada e adequada a esse público até então inexistente – Cadetes mulheres. Uma nova alma, uma alma feminina, passará a integrar o Corpo de Cadetes. Nessa data, de 30 de janeiro de 2018, mais de 400 alunos da Escola Preparatória de Cadetes do Exército chegam a Resende, iniciando suas atividades de adaptação à AMAN, para que finalmente, no dia 17 de fevereiro do corrente ano, adentrem na Academia, passando pelo Portão de Entrada dos Novos Cadetes. Nesse grupo, 34 pioneiras, mulheres que serão as primeiras Cadetes do Exército e que seguirão uma trajetória de sucessos e realizações, incorporando os mesmos valores e cultuando as mesmas tradições no Exército Brasileiro.

As primeiras cadetes combatentes na Academia das Agulhas Negras, no Rio | Crédito: Sd Leal e Cunha Eventos
Para que essa realidade acontecesse, muito trabalho foi executado no âmbito do Projeto de Inserção do Sexo Feminino na Linha de Ensino Militar Bélico (PISFLEMB). O novo público exigiu que a AMAN se preparasse, não só realizando adaptações das suas instalações físicas, mas também criando todo um sistema que permita a convivência entre os homens e as mulheres em um ambiente integrado e sinérgico de aprendizado, em que todos os seus integrantes compreendam e participem da formação de novos Oficiais Combatentes para o Exército e para o Brasil.

Mais fotos da chegada das pioneiras à AMAN





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