DE SAÍDA | O agora ex diretor da Polícia Federal, Fernando Segovia | Givaldo Barbosa/O Globo |
Galloro já havia sido cotado para assumir a posição, sendo um dos nomes favoritos do ministro da Justiça, Torquato Jardim, em novembro, quando Segovia foi nomeado, porque tinha um transito melhor no MDB.
Entenda o caso
Segovia ocupava o cargo desde 20 de novembro do ano passado, no lugar de Leandro Daiello. Nas últimas semanas, se envolveu em uma polêmica depois de afirmar em entrevista à agência Reuters que não havia provas de crime contra o presidente Michel Temer no inquérito que o investiga. O diretor-geral chegou a declarar que o processo poderia ser arquivado e que o delegado responsável poderia sofrer punições. “Ele pode ser repreendido, pode até ser suspenso dependendo da conduta que ele tomou em relação ao presidente”, declarou.
A entrevista teria causado mal-estar entre os delegados da Polícia Federal e criou uma pressão grande para que ele deixasse o cargo. Ele chegou a ser intimado pelo ministro Luís Roberto Barroso para que explicasse suas declarações. Na última segunda-feira, 26, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, chegou a pedir à Corte que o diretor fosse impedido de fazer declarações sobre os inquéritos em curso, sob o risco de perder seu cargo.
Novo comando
Rogério Augusto Viana Galloro, o novo diretor-geral da PF, ocupava atualmente o cargo de secretário nacional de justiça do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Galloro já trabalhou no comando das forcas da Polícia Federal na segurança da Copa do Mundo em 2014 e nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos RIO 2016.
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