O senador João Capiberibe e a deputada federal Janete Capiberibe, ambos do PSB/AP, foram à UNESCO-Brasil, nesta terça, 05, para tratar de ações de proteção da área abrangida pela antiga Reserva Nacional do Cobre e Associados, RENCA, extinta pelo governo Temer para permitir lá a mineração privada. Da reunião, ficou decidido que será proposto criar cátedras UNESCO nas Universidades da região para ministrar aulas sobre preservação ambiental, exploração sustentável, proteção às populações e economia tradicional, dentre outros temas associados proteção ambiental e das populações locais. A deputada Janete propôs como saída transformar a área numa reserva da biosfera, para proteger aquele espaço e as populações locais.
Na área da extinta RENCA vivem indígenas dos povos Waiana, Aparai e Waiãpi e comunidades extrativistas tradicionais, ameaçados depois que o governo Temer decidiu abrir a área para exploração por mineradoras privadas. Popula
O senador Capiberibe lembrou do programa de desenvolvimento sustentável do Amapá, durante seu governo, em dois mandatos, entre 1995 e 2002, e da possibilidade real desse modelo de economia ser retomado, no estado, a partir de 2019.
A deputada Janete ressaltou a urgência de proteções àquela área de floresta, às culturas e às populações que a habitam. Ela recordou a exploração do manganês, no Amapá, que retirou as riquezas mas deixou passivos ambientais e pouco retorno econômico para os amapaenses.
O professor Nilson Moulin, assessor do senador Capiberibe, falou da tese do geógrafo Aziz Ab’Saber, segundo o qual a proteção ambiental e o desenvolvimento sustentável da região só serão possíveis e efetivos com a proteção do chamado “Golfão Marajoara”, que abrange partes do Amapá e do Pará e a Ilha de Marajó.
Outra preocupação do grupo é com a exploração de petróleo na costa do Amapá, que põe em risco o recife de corais, bioma único recém descoberto.
Capi, Janete e Moulin foram recebidos por Massimiliano Lombardo e Davi Bimbatti, consultores de projetos de Ciências Naturais da UNESCO – Brasil, que mostraram-se preocupados com a exploração mineral na RENCA.
A UNESCO já desenvolve no Amapá o projeto de Pesca Sustentável na Costa Amazônica, que envolve ações sociais, econômicas e ambientais, em parceria com instituições como a UNIFAP, a EMBRAPA, a Escola Família Agrícola do Carvão, Associação de Pescadores do Bailique, dentre outras.
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