Cônsul honorário da França em Macapá, Alain Craïs |
Da Redação
O cônsul honorário da França em Macapá, Alain Craïs, declarou ao Blog do Cleber Barbosa não se ter até agora nenhum registro de brasileiros entre as vítimas do furacão “Irma”, que provocou muitas destruição e medo em ilhas francesas na região do Caribe. A declaração foi feita agora há pouco no Sambódromo, durante as apresentações pelas comemorações da Independência do Brasil. Uma ausência sentida foi o destacamento da Legião Estrangeira da França – que nos últimos anos abria os desfiles na Av. Ivaldo Veras.
A reportagem ouviu a mesma informação no Ministério de Relações Exteriores – em Brasília – segundo informações do Plantão Consular, através do 3º Secretário do Itamaraty, Rafael Pacheco. “Não temos informações sobre vítimas brasileiras, tampouco de algum compatriota em situação sensível, mas as informações vão chegando com muita dificuldade”, disse o representante da diplomacia do Brasil.
Rafael disse que devido ao feriado, o apoio a familiares em busca de informações têm sido com orientações e encaminhamentos às autoridades locais, mas que na quinta-feira será retomado o atendimento na Divisão de Assistência Consular. O telefone de lá é (61) 2030-8804. Na Guiana Francesa, a diplomata Vera Lucia dos Santos Caminha Campetti é quem está designada para a missão no Consulado Geral em Caiena. O telefone de lá é o (694) 383353.
Rastro de destruição
O furacão Irma passou pelo norte de Porto Rico, na tarde de quarta-feira, com uma força descomunal – ventos regulares de 295 quilômetros por hora –, mas não impactou totalmente na ilha. O olho do furacão se manteve a 50 quilômetros da costa, seguindo sua rota na direção noroeste a 25 quilômetros por hora. Antes de meia-noite (hora local) tinha deixado a região depois de causar mais uma morte, o que eleva a 11 o total mortos em diferentes ilhas.
Com Barbuda destroçada, o furacão, de um tamanho comparável ao da Colômbia, investiu contra as ilhas de St. Martin e St. Barts, que também ficaram como um campo de batalha: sem água potável, sem eletricidade e com 70% das casas destruídas. Na franco-holandesa St. Martin, pelo menos oito pessoas morreram e 21 ficaram feridas. Uma vítima foi registrada também em St. Barts, possessão francesa.
Em sua primeira etapa, Irma massacrou as ilhotas orientais do Caribe; agora, se encaminha para territórios maiores. Segundo previsão do Centro Nacional de Furacões dos EUA, sua passagem pela ilha de Hispaniola (compartilhada pela República Dominicana, a leste, e o Haiti, a oeste), nesta quinta, deve causar um impacto semelhante ao visto em Porto Rico, com ventos fortíssimos e muita chuva, mas com o vórtice passando ao norte. Os dois países caribenhos estão em alerta vermelho. Na Dominicana vigora um plano para abrigar até 900.000 pessoas, e complexos hoteleiros como Punta Cana e Puerto Plata adotaram os protocolos de segurança. Já o Haiti – a nação mais pobre do hemisfério – aguarda o furacão com a esperança de que sua trajetória não varie, poupando o país do pior. Em 2016, o furacão Matthew deixou 900 mortos no Haiti, que em 2010 sofreu um terremoto trágico, com cerca de 300.000 mortos. A Defesa Civil haitiana está retirando moradores de áreas com risco elevado de inundação e deslizamentos de terras. Os surtos de cólera são outra ameaça trazida pelos desastres climáticos ao Haiti.
Colaborou PABLO DE LLANO
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