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quarta-feira, 18 de abril de 2012

Pedido para instalação de CPMI do Cachoeira tem ampla adesão no Senado


O requerimento de instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investigará a rede de influência do bicheiro Carlos Cachoeira na administração pública já tem 60 assinaturas de senadores. O número ultrapassa com larga margem o mínimo de 27 adesões exigidas para a instalação. Também são necessárias 171 assinaturas de deputados. De acordo com o senador Walter Pinheiro (PT-BA), líder do PT, nenhum integrante do bloco de apoio ao governo retirou assinatura do documento, que tem, inclusive, a adesão dos 13 parlamentares do PT na Casa.
- O número mínimo já tinha sido atingido há tempos, e ninguém retirou assinatura – disse Pinheiro nesta terça-feira (17).
De acordo com o senador Aécio Neves (PSDB-MG), as duas vagas que cabem ao PSDB caso a comissão seja criada deverão ser ocupadas pelos senadores Cássio Cunha Lima (PB) e Aloysio Nunes (SP), e as suplências serão oferecidas a dois senadores de outros partidos: Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).
– Queremos uma comissão abrangente, e estamos oferecendo vagas que cabem ao PSDB na suplência a figuras que estão ficando fora da CPMI, como os senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), que não terá espaço na cota do PMDB.
Aécio cobrou dos senadores governistas o apoio à CPI, compromisso assumido por parte deles na semana passada, diante de informações de um recuo do PT.
– Àqueles que propuseram a CPI cabe a responsabilidade de mostrar ao país que querem fazê-la para investigar todas as relações indevidas ou criminosas durante todo o período.
Ele também aconselhou o governo a não tentar retirar a construtora Delta das investigações:
- Nós não podemos começar a CPI tirando ou incluindo de forma discricionária A ou B, sejam agentes públicos, sejam privados. O objeto é investigar todas as denúncias em torno das relações ilegais de um contraventor. A partir daí não pode haver limitações. Da nossa parte vai haver a busca da investigação mais abrangente possível, e esperamos que o governo não frustre nem a sociedade brasileira nem a oposição – disse Aécio.

Agência Senado

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