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sábado, 7 de abril de 2012

O investimento do turismo no Brasil para os grandes eventos esportivos


* Artigo

O Brasil é um país de economia crescente, e sempre tem um certo destaque quando o assunto é desenvolvimento. Mesmo que não pareça, aos olhos do brasileiro, a nação está em franca aceleração em algumas questões em relação aos outros países do mundo. Ainda falta muita coisa para mudar em um país geograficamente tão grande quanto o nosso, mas ainda que lentamente o investimento não pode parar. Nos próximos anos o Brasil será sede dos dois maiores eventos esportivos do mundo: a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. É por isso que as cidades estão em obras constantes para melhoria dos serviços públicos: para eventos dessa magnitude, nada melhor do que investir e melhorar aquilo que já existe.
O turismo é uma das áreas que mais merecem atenção nesse grupo de setores para investimento, já que a área ainda carece de muitos recursos para ser considerada quase perfeita. Os meios de transporte são uma preocupação constante, já que as estradas brasileiras não são exatamente sinônimos de segurança de viagem e o setor aéreo também vive em vias de entrar em colapso, devido a alta demanda de vôos e a escassez de pessoal especializado para gerenciar os centros de controle aeronáutico brasileiros. Embora os portos do país estejam praticamente em dia com suas obrigações de atenção à demanda, são os aeroportos e os meios rodoviários que concentram a esmagadora parcela de transporte turístico brasileiro.
É preciso que os investimentos para essa área, principalmente para reforma dos aeroportos e contratação de pessoal especializado, sejam acima do esperado, para que a situação se resolva e o turismo possa fluir sem maiores problemas. Isso sem contar no valor das passagens aéreas, que costumam ser, no país, mais caóticas que o próprio setor, de tão caras. Hoje é uma boa ser estrangeiro e passear no Brasil, mas os investimentos especialmente nesse setor podem aumentar as taxas de turismo brasileiro para brasileiros, possibilitando que as pessoas viagem para outras regiões do país ao invés de buscar destinos internacionais.
Outro grande gargalo no turismo brasileiro que merece atenção especial dos investidores do governo e das empresas privadas é o ramo da hotelaria. Fazer reserva de hotel em algumas cidades altamente turísticas é praticamente um parto, já que o setor vive em constante saturação e nada é feito para aumentar a oferta desse serviço. Hoje o país vive um grande problema principalmente se considerarmos o turismo de negócios, que movimenta as grandes cidades brasileiras durante os dias de semana, e acabam deixando vazias as mesmas cidades aos sábados e domingos, causando uma quebra na possibilidade de reservas de quem quer passar um tempo a mais em cada cidade. Reservar hotel Curitiba durante a semana, por exemplo, gera a mesma dificuldade de achar um hotel no Rio de Janeiro durante o verão, as férias ou o carnaval – épocas do ano em que parece que todo mundo quer ir exatamente para o mesmo lugar.
Por fim é preciso investir mais na cultura e na gastronomia especial de cada lugar, agregando valor ao que já é rico por si só. Tem coisa mais simbólica do que a comida baiana, mineira ou gaúcha? E as cidades históricas? E as lindas praias que recortam o litoral brasileiro? Tudo isso tem seu valor e precisa ser mais estimado ainda pelas secretarias de turismo. Dessa forma não só quem vier para a Copa e as Olimpíadas vai curtir o Brasil – nós também, que moramos aqui dentro, teremos mais vontade de conhecer e viver dentro do nosso país.

* Verônica Fassoni
www.falaturista.com.br

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