Ao tomar posse como a nova ministra da Cultura, em cerimônia no Palácio do Planalto, Marta Suplicy, citou, em seu discurso, o presidente do Senado, José Sarney, como o criador do Ministério da Cultura, em 1985, e o fato de ter escolhido o intelectual Celso Furtado como o primeiro ministro para a pasta. Suplicy substitui a artista e compositora Ana de Hollanda. A presidente da República, Dilma Rousseff, destacou a diversidade cultural brasileira como a fonte da criatividade que marca a identidade nacional. O presidente Sarney disse no Senado, um pouco antes da solenidade de posse, que Marta tem potencial para fazer uma “revolução na cultura brasileira”.
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Rodrigo Baptista
O presidente do Senado, José Sarney, afirmou nesta quinta-feira (13) que Marta Suplicy tem potencial para fazer uma “revolução na cultura brasileira”. A afirmação foi feita durante cerimônia de assinatura de convênio na área de saúde entre a Casa e a Caixa Econômica Federal.
Durante a solenidade, Sarney desejou sorte à senadora licenciada, no comando do Ministério da Cultura e disse que há grande expectativa em torno de sua gestão. Para ele, a cultura merece estar entre as prioridades nacionais e Marta é alguém capaz de fazê-lo.
- Não podemos ter um país como uma potência econômica, uma potência militar, se não formos uma potência cultural. Há certo descompasso no tratamento ensejado à cultura. Marta fará uma revolução no Ministério da Cultura. Ela está sempre de olhos no futuro – assegurou.
Ao discursar na solenidade, Marta Suplicy (PT-SP) homenageou Sarney, agradecendo o apoio recebido durante os dois anos de atividade parlamentar.
– Não tenho palavras para agradecer. Primeiro, pela acolhida, pelo compartilhamento do seu saber, de sua cultura, de sua experiência. Por último, pela amizade. Aqui fiz um amigo e me deparei com um grande estadista – disse Marta Suplicy, listando uma série de iniciativas de Sarney à frente da Casa e na presidência da República como as reformas dos códigos em tramitação no Congresso, a criação do Ministério da Cultura e a sanção da Lei Rouanet.
Sarney agradeceu os elogios e concluiu que, na verdade, foi ele quem aprendeu muito com a passagem de Marta pelo Senado.
- Conheci uma extraordinária mulher, com grande espírito público, que passou a ser uma das grandes expressões desta Casa – declarou o presidente do Senado.
Marta Suplicy também elogiou a secretária-geral da Mesa do Senado, Cláudia Lyra, afirmando que ela é responsável belo bom funcionamento da atividade legislativa na Casa.
Desafios
Sobre os desafios futuros na pasta, Marta contou que gosta de desafios e vê grande potencial no ministério.
- Vou mergulhar na cultura. É um ministério muito grande pelo que percebi até agora. Também com grande capilaridade. Não é que eu vá tomar decisões importantes em um mês, não. Tem que fazer devagar para não fazer bobagem – disse Marta.
Marta Suplicy toma posse nesta quinta-feira no Ministério da Cultura. A nomeação da nova ministra da Cultura está publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União, junto com a exoneração da ex-ministra Ana Maria Buarque de Hollanda.
A vaga de Marta no Senado será ocupada pelo primeiro suplente, Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP). Já a 1º vice-presidência do Senado terá como novo ocupante o senador Aníbal Diniz (PT-AC).
Agência Senado
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