Um dos senadores do estado do Amapá tinha convidado a gente para visitar o local de uma base aérea americana da 2ª Guerra Mundial; então nós fomos. Segundo as pessoas locais, nós fomos os primeiros americanos a visitar a base oficialmente desde que a desocupamos depois da 2ª Guerra. Não restou muito além de uma torre enferrujada, que eles usam para amarrar balões, alguns edifícios decadentes e restos da pista. Mas a visita com certeza valeu a pena, até porque o senador ficou bem contente e parece ter agradado a população local. O prefeito também nos acompanhou na visita, assim como várias outras pessoas.
Soubemos também que havia destroços de um avião da 2ª Guerra na mata do Amapá e que os corpos da tripulação americana morta no acidente foram enterrados por ali pelas pessoas que os encontraram há muitos anos. Isso é algo que iremos investigar. Se for verdade, nós certamente queremos levá-los para casa. Precisamos saber se isso é só lenda ou se é verdade mesmo.
Levamos mais de três horas para chegar da capital Macapá ao município do Amapá. Amapá foi o que deu nome ao estado, mas não é mais a capital. Na verdade, não é nada além de um vilarejo ligado ao mundo por uma estrada de terra. A base aérea fica a nove quilômetros dali sobre uma estrada empoeirada ainda pior. Inacessível é a palavra que você usaria para descrever isso. Um dos carros do nosso comboio pegou uma parte da estrada escorregadia e caiu em uma vala. Ninguém se machucou, mas atrasou a gente para nosso próximo compromisso e propiciou essa foto espetacular que vocês podem ver aqui ao lado. Abaixo está a Câmara Municipal.
Mesmo assim, a viagem foi interessante. Assim como o senador descreveu e pudemos ver, Amapá tem biomas distintos. Tem a floresta seca, a floresta úmida, cerrado e as pastagens. O estado não é tão grande, então é surpreendente ver tanta diversidade.
Grande parte do cerrado perto da estrada é de plantações de eucaliptos; eu sei que há 135 mil hectares. Elas pertenciam antes à International Paper, mas foram vendidas para uma aliança de duas empresas japonesas – Marubeni Corp. e Nippon Papers Industries. Me disseram que não há plantação de eucalipto que não pertença a essas empresas no estado. Eles cortam as lascas e as vendem, mas não as processam mais a frente. O eucalipto está pronto para a colheita em seis meses. Impressionante!
John Matel
Conselheiro para Assuntos de Imprensa, Educação e Cultura
Embaixada dos Estados Unidos da América
Conselheiro para Assuntos de Imprensa, Educação e Cultura
Embaixada dos Estados Unidos da América
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