DAVI– Começou cedo a trabalhar e faz ascendente carreira política, daí destacar a experiência para ser prefeito |
CLEBER BARBOSA
DA REDAÇÃO
Diário do Amapá - O senhor está com quantos anos, candidato?
Davi Alcolumbre - Com 35 anos, de muito trabalho, graças a Deus.
Diário - O senhor se considera maduro suficiente para administrar Macapá?
Davi - Tenho certeza de que estou preparado para governar Macapá.
Diário - A experiência política, inclusive como vereador de Macapá, ajuda nesse desafio que é administrar Macapá?
Davi - Ajuda muito, porque o mandato de vereador proporciona que você convivendo e vendo os problemas ali na localidade, nos distritos e nos bairros, então com certeza ajuda muito.
Diário - São quantos mandatos como deputado federal?
Davi - Estou no meu terceiro mandato como deputado federal pelo Estado do Amapá.
Diário - Fale um pouco dessa experiência política ,deputado?
Davi - A gente aprendeu muito em Brasília Melo. A relação com o orçamento da União, na relação com os Poderes do País e essa experiência adquirida no Congresso Nacional fez com que a gente estivesse com certeza preparado para governar nossa cidade.
Diário - O que ajuda a abrir portas em favor de Macapá, né?
Davi - Não tenho dúvida que essa experiência me credencia a buscar os recursos que Macapá tanto precisa.
Diário - O poeta diz "Macapá, minha rosa minha açucena". E o senhor, como define nossa capital?
Davi - Nossa Capital é uma cidade linda, de um povo amistoso, carinhoso, solidário acima de tudo e Macapá precisa resgatar rapidamente a auto-estima da população. È com esse desejo e esse desprendimento que eu encaro essa eleição com o desejo de ser macapaense e não ser um aventureiro, mas um filho desta terra que quer transformar essa cidade melhor para todos, aonde eles estiverem.
Diário - Um dos maiores desafios de qualquer gestor é a saúde e Macapá não vive uma situação diferente do restante do país. Então, o que o senhor traz de proposta para melhorar a atenção básica?
Davi - É importante que a população entenda que o sistema de saúde brasileiro não é um sistema isolado, tanto é que existe o SUS, que é o Sistema Único de Saúde, com esferas de competências, da União, do estado e do município, todas interligadas mas cada um com sua competência. Então essa questão de especialidades, alta complexidade são questões do governo federal e do governo estadual. O município fica ali com a questão da emergência e urgência na Unidade Básica de Saúde e no Posto de Saúde naquele tratamento rápido, o primeiro tratamento que se pode dar ao cidadão.
Diário - E as metas para esse setor?
Davi - Poder fazer com que o sistema municipal através de suas unidades básicas, que são o pára-choque da saúde do cidadão, ali na ponta, possam estar mais equipadas, com os técnicos mais entusiasmados, qualificados para atender o cidadão e poder utilizar os recursos desse sistema que são de competências específicas para a gestão do município assegurada pela lei que é o atendimento básico, com qualidade, eficiência, com presteza no serviço e atenção ao cidadão.
Diário - Qual a avaliação que o senhor faz do atual estágio em que se encontra a cidade de Macapá?
Davi - A gente precisa melhorar a cidade em muitos aspectos, as vias, o transporte coletivo, a gente precisa avançar na questão do cidadão, do pedestre, você não tem hoje em Macapá calçadas, enfim o que posso dizer é que essa experiência e esse conhecimento de Brasília ajudam. Eu também queria fazer um desabafo, pois eu sou de opinião de que no Brasil antes de ser prefeito, os candidatos deveriam ter um mandato de deputado federal ou senador.
Diário - Por que dessa proposta?
Davi - Para conhecer como funciona. O prefeito quer achar, e não é diferente em Macapá, que com os recursos do IPTU, com os recursos do ITBI e com os recursos do ISS vai melhorar a vida das pessoas, especialmente numa Capital de Estado como Macapá, está muito enganado. Essa proposta faria com que eles aprendessem que as cidades são tão importantes para o país que existe um ministério chamado Ministério das Cidades, com todos os recursos que os municípios precisam.
Diário - Cite duas coisas boas e duas coisas ruins no município de Macapá, atualmente?
Davi - A gente precisa fazer um plano urgente da pavimentação da cidade. Um plano sério, decente, que não seja uma ficção. A população não agüenta mais de promessas. Uma coisa boa eu acredito que seja a alimentação escolar, do uniforme, uma coisa que tem sido importante, pois a educação é prioridade e também será no meu governo. A gente tem que entender que as coisas boas devemos dar continuidade.
Diário - Como o senhor pretende combater a corrupção dentro da Prefeitura de Macapá?
Davi - É importante dizer que hoje a população de forma mais acentuada cobra da gente essa questão da malversação dos recursos públicos. Essa diretriz da seriedade, do comprometimento e da relação que a pessoa tem que ter com o poder público não pode interferir na gestão e na vida pessoal. Tem que separar, a administração pública é uma coisa e a minha vida pessoal é outra. Quando o recurso público cai na conta da Prefeitura, do Governo ou da União é para atender o público. Esse entendimento é importante para que não aconteça o que já aconteceu em nossa cidade e no Estado.
Diário - A corrupção é um problema de cultura do povo brasileiro?
Davi - Eu acho injusto dizer que isso é um problema cultural. Aprendi na minha criação que a regra é todos nós sermos sérios, decentes e corretos, todos, mas infelizmente essa regra virou exceção nos dias de hoje. É importante que as pessoas reflitam sobre isso porque o desvio do recurso público, a corrupção gira hoje em torno de 20%, conforme dados do site Transparência Brasil. É muito dinheiro desperdiçado ou desviado.
Diário - Qual seu projeto para melhorar a orla da cidade de Macapá?
Davi - A obra da orla de Macapá, a beira-rio e a vista linda do Rio Amazonas foi idealizada e construída na gestão do prefeito Papaléo Paes que é ex-senador e que também está nessa caminhada junto conosco, nos apoiando. Os recursos para essa obra foram oriundos da Suframa e Macapá por ser Área de Livre Comércio está debaixo desse guarda-chuva de recursos que podem ser destinados pela Suframa. No nosso governo nós também vamos usar esse mecanismo não só para revitalizar a orla que está caindo.
Diário - Qual deverá ser a relação de sua gestão, uma vez eleito prefeito, com o governo do Estado?
Davi - A Prefeitura estará de portas abertas para que o governador possa realizar as obras que forem necessárias. Não cabe nos dias de hoje uma relação político-partidária pessoal atrapalhar o interesse social, o interesse coletivo. Sabemos como buscar os recursos necessários para não ficarmos à mercê, com pires na mão, pedindo recursos para o Governo.
Diário - Obrigado pela entrevista.
Davi - Eu agradeço também, a Deus pela oportunidade de estar aqui, pelos aliados e as conquistas para realizar esse sonho de poder governar Macapá, o que gostaria muito mesmo e se o pode de Macapá me der essa oportunidade de poder provar que tenho competência e experiência necessária para melhorar a vida de todos.
Perfil
O candidato Davi Samuel Alcolumbre Tobelem nasceu em junho de 1977 é o quarto filho do casal de comerciantes Samuel Tobelem e Júlia Alcolumbre. Começou a trabalhar desde cedo no ramo da família e aos 19 anos já era membro efetivo da Associação Comercial e Industrial de Macapá. Comunicativo, logo destacou-se na política, tendo sido eleito vereador de Macapá em 2001, o mais votado naquele pleito. Ganhou ainda mais notoriedade e acabou eleito deputado federal em 2006, já estando em seu terceiro mandato. Também atuou como secretário municipal de Obras em Macapá, entre os anos de 2009 e 2010.
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