PUBLICIDADE

sábado, 15 de agosto de 2015

“Muitas lideranças têm se manifestado sobre eu ser uma opção para Santana”.

Nilson Borges. O Deputado Cabuçu pode ser a surpresa na disputa pela Prefeitura de Santana no próximo ano. 
Desde que chegou ao Congresso Nacional, como um dos mais votados deputados federais do Amapá, o humorista Nilson Borges, o Cabuçu, mostrou que não está lá para brincadeiras. A exemplo do colega de parlamento e de palcos, Tiririca, ele é um dos mais assíduos e atuantes congressistas, defendendo o que chama de política de resultados. Nesta entrevista, a partir de uma conversa com o jornalista Cleber Barbosa, no programa Conexão Brasília deste sábado (15), o deputado amapaense quebra o silêncio sobre convite para ser candidato a prefeito de Santana no próximo ano. Ele diz que tem sim disposição e inteligência para esse grande desafio na carreira política que não é um marinheiro de primeira viagem, pois vem de tradicional família de políticos e sempre se posicionou como tal. Os principais trechos o Diário publica a seguir.

Cleber Barbosa
Da Redação

Diário do Amapá – Como foi o primeiro semestre para o senhor deputado, nessa sua estreia no Congresso Nacional?
Nilson Borges – Foi um semestre de muitas emoções, pois a gente assumiu esse primeiro mandato lá na Câmara Federal com entusiasmo, pois quando a gente recebeu a votação que tivemos entendemos que realmente o eleitor de forma consciente votou no Cabuçu e que queria uma resposta, um resultado positivo. E tem até uma pesquisa na Câmara que nos coloca como um dos parlamentares mais atuantes, mas isso não nos envaidece, pois o que a gente faz é simplesmente conduzir o trabalho da melhor maneira possível, não só içando a bandeira da cultura como também de todos os vieses da sociedade moderna, da sociedade brasileira e principalmente da sociedade amapaense.

Diário – Quando o senhor foi eleito, com a expressiva votação que teve, muita gente comparou com o caso do deputado federal Tiririca, outro humorista que foi para o Congresso Nacional e surpreendeu positivamente, sendo assíduo e atuante. O senhor tem contato com ele?
Cabuçu – Quase que diariamente. O Tiririca é um parlamentar muito assíduo e é tido como um dos mais atuantes na Câmara e a gente o respeita, respeita os eleitores dele, pois teve mais de 1 milhão de votos é um cara que tem densidade eleitoral, claro. Com relação ao perfil intelectual do Tiririca a gente não entra no mérito, mas sim no mérito de sua dedicação enquanto parlamentar. Já o nosso trabalho, muito pelo contrário, além de minha formação em Economia, a gente também milita na cultura, como um dos intelectuais aqui do estado, mesmo porque também faço parte da Academia Maçônica de Letras e a gente também tem muito estudo, muito conhecimento, pois a gente está sempre lendo, sempre buscando e isso a gente quer fazer refletir na Câmara, através das nossas ações, através das nossas atitudes.

Diário – Com que tipo de ações deputado? Cite algumas.
Cabuçu – Hoje a gente vislumbra o reconhecimento como patrimônio cultural e imaterial do Brasil a Festa de São Tiago, lá em Mazagão, como também estamos trabalhando para ver se a gente também consagra a nossa dança do marabaixo como também patrimônio cultural e imaterial do Brasil.

Diário – Nessas questões relacionadas à cultura o senhor sempre se posicionou que é acima de tudo um direito do cidadão, daí defender a alocação de recursos para a cultura assim como outras áreas das políticas públicas. Sofre resistência?
Cabuçu – É verdade, a cultura só está abaixo de Deus, mas está acima da política. Então a gente tem esse entendimento e muita gente acha que a cultura é despesa, é gasto, mas o nosso entendimento é totalmente ao contrário, a cultura é um investimento e que traz dividendos não só para o país como aqui para o estado do Amapá. A cada real investido na cultura você tem um retorno de três, quatro reis em tributos. Então nós temos que entender como se alavanca uma economia ou através dos meios de produção ou você pode alavancar através da cultura, a exemplo de muitos países que recebem milhares de turistas por conta da atividade eminentemente cultural e histórica.

Diário – Por falar em Mazagão, o senhor e sua família passaram a ter uma relação mais intensa com aquele município, primeiro pelo Carnaval depois com seu irmão sendo eleito prefeito de lá, não é?
Cabuçu – Nós temos uma história muito bonita em Mazagão, iniciada com meu pai, Miguel Pinheiro Borges, que foi o maior colono que teve aqui no antigo Território Federal do Amapá na década de 1950. Ele trouxe bancado pelo próprio bolso em torno de 1.000 famílias nordestinas. Foi o maior agricultor do Norte do Brasil na época e trouxe aqui até o ministro da Agricultura para visitar Mazagão, então toda essa história agora está se congeminando com o grande trabalho que o prefeito Dilson está fazendo em Mazagão, um trabalho visto, palpável e que a comunidade já está sentindo o retorno. E é esse sentido que a gente quer dar em nosso mandato, pois somos muito voltado a essa questão da política de resultado, não adianta só falar, não adianta só reunir, você tem também que partir para a prática do resultado para que a gente possa ver e deixar para a posteridade, pois estamos aqui só num intervalo de tempo e temos que fazer com que esse período seja memorável e fique para a história.

Diário – E sobre as demais agendas do Amapá em Brasília, deputado, questões com essa tão esperada transposição dos servidores do antigo Território e dos primeiros anos do estado que poderão ser beneficiados pela MP 660, originada na PEC 111. Como está esse processo?
Cabuçu – Está na fase burocrática, né? A transposição a gente quer ver se ainda no mês de setembro a gente possa ter uma data para a gente marcar e passar a ser uma data comemorativa para que essa luta que começou a muitos anos atrás a gente possa ver concluída e o desfecho é ver todos os funcionários que fizeram essa opção nos quadros da União. E isso é muito importante para o estado e todos os que estão nessa luta para ver se identificam seu nome referendado na transposição já como servidor federal.

Diário – Nesse segundo semestre é época também de correr atrás da papelada para conseguir a efetiva liberação dos recursos alocados através de emendas parlamentares que os senhor já conseguiram reservar neste primeiro ano de mandato. O senhor também está mobilizando sua equipe em Brasília?
Cabuçu – Com certeza, estamos abertos para ver se a gente faz isso da forma mais racional possível, inclusive estou vendo se coloco recursos formidáveis para a nossa cultura. Eu só quero ter certeza de que realmente a gente vai conseguir executar esses recursos, porque o Ministério da Cultura ele admite que não tem equipe suficiente, mas a gente está persistindo e perseguindo essa meta, além de outros assuntos que permeiam o Governo do Estado. A gente está numa sintonia muito grande com o governador Waldez e a gente quer participar do seu governo colaborando desta forma, ele dizendo “Cabuçu, o mais importante para o estado, aonde nós temos os nossos gargalos, são nessas situações”, aí eu acredito que assim também vão as prioridades das emendas parlamentares.

Diário – Para terminar deputado, a pergunta que não quer calar nos bastidores da política nestes últimos dias é sobre a especulação em torno de uma eventual pré-candidatura do senhor para disputar a Prefeitura de Santana no próximo ano. O que tem de verdade sobre isso e que já possa anunciar?
Cabuçu – Olha, o pessoal né? As grandes lideranças políticas de Santana, muitas têm se manifestado sobre essa questão de ser uma opção para o município de Santana. A gente está avaliando, mesmo porque a gente entende que pode colaborar sim. Disposição, inteligência, enfim, nós temos. E a gente tem que colocar isso bem claro porque Santana passa por uma situação crítica, difícil e o próximo prefeito de Santana tem que ter lucidez, tem que ter tranquilidade, tem que ter responsabilidade, porque o município de Santana é onde está o porto, a entrada e saída de riquezas do estado e onde a gente tem que vislumbrar um futuro promissor para aquele município. E a gente pelo fato de ser político se coloca à disposição, mas isso o partido é quem vai decidir. A gente ainda vai reunir com as lideranças, ver se existe realmente um compromisso, um pacto por Santana, porque esse pacto tem que trazer uma condição de governabilidade para aquele município. E a gente está aí...

Diário – Obrigado pela entrevista.
Cabuçu – Eu que agradeço, estamos à disposição. E vamos pra frente!

PERFIL

Entrevistado. O amapaense Luiz Gionilson Pinheiro Borges, o Nilson Borges, tem 51 anos de idade, é casado e pai de três filhos. Formado em Economia pela Universidade Federal do Pará (UFPA) em 1985, foi eleito um dos oito deputados federais do Amapá com mais de 18 mil votos, sendo o terceiro mais votado. Decidiu ser humorista criando o personagem Vardico, da dupla Os Cabuçus. A parceria só acabou a morte de Pádua Borges, o Lurdico, ocorrida exatamente no início da campanha eleitoral do ano passado. Coincidentemente o parceiro deixou gravado dois dias antes de morrer a música que embalaria a corrida pelo voto, mesmo em meio à comoção que o falecimento prematuro do artista provocou na família e nos fãs.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Deputada Marcivânia reúne lideranças em Santana para prestar contas do mandato.

Prestando contas com lideranças comunitárias de Santana.A deputada federal professora Marcivânia (PT) reuniu mais de 70 lideranças comunitárias e formadores de opinião de vários bairros do município de Santana, na manhã deste domingo, 26, para prestar contas do primeiro semestre do seu mandato.
Durante o encontro, ela destacou resultados já conquistados na Câmara Federal, como a destinação de R$ 10 milhões de reais que serão investidos nas áreas da Saúde, Cultura, Educação e Infraestrutura dos municípios de Macapá, Santana e Mazagão. Além disso, a parlamentar garantiu que tem posicionado-se contrariamente a inúmeros projetos de lei que vão na contra mão do desenvolvimento do país, como por exemplo, o PL da Terceirização.
O processo de Emenda Participativa, que assegura a inserção direta do povo, na discussão da destinação de parcela significativa de suas emendas parlamentares, também foi destacado. “Estamos trabalhando muito para honrar cada voto de confiança em mim depositado”, afirmou parlamentar.
A aproximação e a atuação junto a entidades locais também foi ressaltada pela deputada. Ela afirmou que tem buscado criar maior proximidade com as causas dessas entidades, visitando-as com frequência. “Estamos muito presentes, visitando sempre as instituições. Tenho sempre destacado que o nosso mandato sempre estará a disposição das boas causas amapaenses. Tenho certeza que esse será apenas a primeiro de muitas prestações de contas que virão”, garantiu.
Todas as lideranças presentes na reunião avaliaram de forma positiva a condução do mandato. “Sua atuação defende aquilo que é necessário para o povo. Ela sempre foi uma deputada presente e disposta a conversar com a população”, declarou Ricardo Nascimento, liderança do bairro Paraíso.

Roberto Góes posta foto em que reúne quatro gerações de sua família.

Roberto Góes compartilhou a foto de Roberto Góes.
Boa tarde.
Domingo em família.
Quatro gerações da família do deputado federal Roberto Góes reunida. Na foto: Os filhos Mateus e Netto. Os netos: Lucas e Maria Beatriz com o bisavô Raimundo Góes.‪#‎familiareunida‬ ‪#‎domingoemfamilia‬

Deputado Marcos Reátegui preside lançamento de frente contra as hepatites virais

O parlamentar amapaense no evento que contou com a presença do ministro da saúde
Amigos, como resultado do intenso trabalho de articulação que resultou no lançamento da Frente Parlamentar Mista de Combate às Hepatites Virais, participei, nesta tarde, a convite do Ministro da Saúde, de um importante evento alusivo ao Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, realizado na sede do Ministério, aqui em Brasília.
No evento, foi feita a Divulgação do Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais 2015, além do Lançamento do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatites C e Coinfecções 2015 e, ainda, da Apresentação da Campanha Nacional de Hepatites Virais.
Fiquei muito feliz em participar do evento, porque mostra que nossa Frente Parlamentar Mista, que tenho a honra e a responsabilidade de coordenar, foi reconhecida pelo Governo Federal como um importante ator nesse processo de enfrentamento dos males causados pelas hepatites virais. O trabalho, contudo, apenas começou. Temos ainda muito a fazer em termos de conscientização da sociedade e promoção de estudos e ações que levem a resultados concretos para todos.

“A proposta do parlamentarismo reflete a crise de confiança no presidencialismo".

Vinícius Gurgel. O parlamentar faz uma avaliação sobre a atual conjuntura política do país e um balanço do semestre.
O  deputado federal Vinícius Gurgel (PR-AP) fez ontem uma avaliação a respeito do primeiro semestre no Congresso Nacional. Avaliou como positivo o período, especialmente pela decisão política de seu amigo e aliado Eduardo Cunha (PMDB) de colocar para votação algumas das mais esperadas propostas de reformas políticas e eleitorais no país. O parlamentar amapaense também defende a mobilização da classe política local em torno de se buscar alternativas para o enfrentamento da crise econômica que assola o país neste momento. Diz estar fazendo sua parte, conseguindo emendas parlamentares para o estado, municípios e instituições. Vinícius também repercute a proposta de adoção do regime parlamentarista, coisa que ganha corpo em Brasília, onde uma frente com 225 deputados promete debater o tema à exaustão.

Cleber Barbosa
Da Redação

Diário do Amapá – O Congresso Nacional fechou esta etapa mais uma vez sendo o centro das atenções, e como foi o primeiro semestre para o senhor deputado?
Vinícius Gurgel – Bem, o Congresso Nacional conseguiu avanços importantes, diria até históricos, pois recuperou o protagonismo político, digamos assim. Então fazer parte desse momento é especial, principalmente para um político ainda jovem como eu.

Diário – Mas que já tem pinta de veterano, afinal da atual bancada federal é um dos poucos reeleitos no ano passado. Como é isso?
Vinícius – Normal, faz parte. Mas temos parlamentares de primeiro mandato que são políticos experientes, como é o caso do deputado Roberto, que foi parlamentar de vários mandatos e também prefeito. Além disso os demais que estão chegando agora demonstraram também muita vontade de trabalhar e produzir resultados. No Senado temos o senador Capiberibe, também experiente, que foi governador.

Diário – E como tem sido essa convivência entre todos vocês?
Vinícius – Tem sido boa, muito boa, em que pese sermos cada um de partidos diferentes, com ideologias diferentes, interesses também, mas o que nos une é o Amapá. Então quando são os interesses do estado que estão em jogo a gente consegue mobilizar toda a bancada e vamos em bloco, seja aos ministérios, seja ao governo federal ou aos dirigentes das duas casas, Senado e Câmara.

Diário – Por falar em dirigentes, um grande personagem desse semestre foi Eduardo Cunha. O que o senhor achou desse início de mandato dele?
Vinícius – Olha, ser presidente da Câmara imagino que deva ser uma função muito difícil, além do que não dá para ficar em cima do muro, nunca, pois até o mandato é limitado, não cabe reeleição. Tem que ser um tiro só, digamos assim. Mas é aquela coisa, só erra pênalti quem bate...

Diário – E ele mais errou ou mais acertou?
Vinícius – Acertou mais, claro! Afinal assumiu o compromisso de tocar as reformas que estavam a anos paradas na Câmara dos Deputados e conseguiu. Houve avanços. Disseram que ele perdeu algumas de suas propostas, mas acredito que ele foi o grande vencedor, pois a proposta era colocar para andar, debater mesmo, o que aconteceu e ainda está acontecendo.

Diário – As propostas especialmente propondo mudanças nas regras das eleições sofreram mudanças na Câmara, mas ainda ficaram aquém da expectativa de setores da sociedade. Houve corporativismo?
Vinícius – Veja, o Congresso é uma casa plural, existem lá os representantes dos mais diversos segmentos da sociedade, assim preconiza a nossa Constituição e a democracia que escolhemos para seguir. Tudo é no voto, com muito debate, claro, mas é tudo deliberado e a maioria é que vence. As reformas aprovadas na Câmara tiveram o respaldo do Senado na semana passada, portanto ainda estão em discussão.

Diário – Os críticos do Congresso Nacional dizem que é uma casa pautada pela opinião pública. O que o senhor acha?
Vinícius – Sinceramente que bom que seja assim, para que os congressistas não fechem os olhos para o que acontece aqui fora, ou que não escutem o que se convencionou chamar de a voz rouca das ruas. Se virasse uma casa hermeticamente fechada, uma confraria ou algo parecido é que seria péssimo para o país. Ao contrário, somos abertos e nossas reuniões acompanhadas pela sociedade, pois tudo é transmitido pelo rádio, pela televisão e pela imprensa e pela sociedade que diariamente está lá.

Diário – E o que dizer da proposta de se adotar o parlamentarismo no Brasil deputado, o que o senhor acha dela?
Vinícius – Assim como se diz que o Congresso é movido pela opinião pública, acrescento que o momento também, a conjuntura. Para mim a proposta de adotar o parlamentarismo reflete a crise de confiança que o país vive em relação à Presidência da República. Com o parlamentarismo o poder não seria concentrado nas mãos de apenas uma pessoa. A proposta na verdade não é recente, tanto que a Frente Parlamentar lançada na quinta-feira leva o nome de André Franco Montoro, ex deputado e governador de São Paulo que durante toda a sua vida política defendeu e lutou pelo parlamentarismo.

Diário – E o senhor, o que acha dessa proposta de um novo regime no Brasil?
Vinícius – Como disse, acredito que a volta dessa proposta é um reflexo do momento delicado da República, mas é uma proposta que tem sim vantagens comparativas. O regime presidencialista está em vigor no Brasil desde 1891 e está gerando insatisfação há muito tempo. A frente de parlamentares que quer a adoção do parlamentarismo já reúne 225 deputados, então é algo a se considerar. Acho que a sociedade precisa ser consultada a respeito.

Diário – E o seu mandato em particular, deputado, como está sendo conduzido nesta nova etapa de sua carreira?
Vinícius – Estou bastante à vontade, pois a renovação do mandato nos leva a muitas reflexões e aprendizado. A gente conhece mais profundamente as engrenagens, o fluxo das matérias e também a dinâmica das emendas parlamentares, aliás, uma valiosa ferramenta que nos aproxima de ser Executivo, afinal é a possibilidade concreta de garantir obras estruturantes, como temos conseguido para diversos municípios do interior e também para Macapá. Assim como para o estado, os Poderes Constituídos e várias instituições.

Diário – Tem vontade de ser do Executivo? Tem uma candidatura aí pintando?
Vinícius – Olha, não vale fazer tipo, ser demagogo, quem entra para a política é porque algum dia na vida já pensou em ser prefeito, governador ou até presidente. Mas acho não é o momento de falar nisso não. Estou focado no mandato de deputado federal. Tenho trabalhado intensamente com minha equipe e interagido com as prefeituras para atender as exigências dos ministérios para ver a liberação desses recursos das emendas. Que é bom lembrar são do orçamento da União, dinheiro federal que faz falta para o Amapá. Agora mesmo conseguimos empenhar as emendas para Macapá, para a área da saúde, o que é muito importante e necessário para nossa população.


Diário – Obrigado por esta entrevista deputado e boa sorte no segundo semestre.
Vinícius – Eu que agradeço a atenção de vocês, então acho oportuno parabenizar ao jornalista Luiz Melo pelo belo trabalho que realiza com seu grupo de comunicação, com o jornal, a rádio, o site e as redes sociais que recebem diariamente aquilo que é produzido nesses veículos. É um trabalho de vanguarda que vem recebendo a aprovação da sociedade. Aos demais cidadãos e cidadãs do estado a minha mensagem de otimismo e confiança em dias melhores, pois temos um novo governo arrumando a casa para garantir respostas aos anseios de todos. São tempos difíceis, é bem verdade, mas no que depender de mim e tenho certeza da classe política, haveremos de conseguir alternativas econômicas que nos façam atravessar essas turbulências econômicas e políticas que o país está experimentando.

Perfil...

Entrevistado. O amapaense Vinícius de Azevedo Gurgel, filho de Hildebrando Carneiro Gurgel Junior e Telma Lúcia de Azevedo Gurgel, é casado, pai de dois filhos, é empresário e formado em Ciência Contábeis, pelo Centro de Ensino Superior do Amapá (Ceap) , no período 1996-2000. Está em seu segundo mandato parlamentar, mas já na estreia obteve a façanha de ser o mais votado deputado federal do Amapá, com 21.479 votos, sendo que fora eleito pelo PRTB. Atualmente se encontra no PR. É membro titular da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, suplente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle além de membro titular do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.

Artigo do ex-presidente do Brasil e senador pelo Amapá José Sarney

Cabra parida

George Orwell , quando, em 1949, publicou o seu famoso livro "1984", imaginou uma sociedade com um Ministério da Verdade para zelar por condutas morais "corretas".
Em 2002, a ficção torna-se realidade. O Pentágono criou um Departamento de Influência Estratégica, que, numa paródia a Orwell, tinha a função de mentir. O "Departamento da Mentira" tinha objetivos definidos: "atuar em programas ocultos e sujos até os mais claros"; "notícias falsas distribuídas em órgãos estrangeiros de mídia para promover pontos de vista americanos"; "usar operações secretas, atividades psicológicas e fraude" (citações literais). Tudo isso de eficiência comprovada na guerra do Afeganistão.
Uma das transformações introduzidas pelo computador foi a impossibilidade da escolha e da descoberta da verdade, com a infinidade de versões de informações que jorram aos borbotões na internet, disseminadas na mídia global em tempo real.
Unamuno, depois de dizer que "a mentira mata a alma", afirma que a pergunta mais instigante do Novo Testamento é a de Pilatos: "O que é a verdade?". Eu acrescentaria a do bom samaritano: "Quem é o teu próximo?".
Assisti numa tarde, no Palácio Tiradentes, no Rio de Janeiro, a Carlos Lacerda fazer um dos mais brilhantes discursos de nossa vida parlamentar. Naquele tempo, como no Império, dava-se nome aos discursos, e aquele foi chamado de "A Corrida dos Touros Embolados", touradas em que os touros não morrem. Lacerda falou da mentira na política. "Tudo aqui é fingido. Tudo é mentira", disse ele. "Finge-se a amizade, finge-se a revolta, finge-se o amor". E terminou: "Aqui, até o ódio é fingido".
Agora, a mentira não é mais falta de caráter e deslize de conduta. É razão de Estado, como consagra o Pentágono. Mesmo nos EUA a reação a esse novo departamento era grande. No Brasil, a coisa fica mais preta diante da abertura ao capital estrangeiro da área de informação.
Tancredo, certa vez, quando lhe perguntei por que não aproveitara em seu governo um ativo colaborador de sua campanha, respondeu com gingado irônico: "Ih!, esse mente demais". Ele poderia ser recrutado para o Pentágono. No Nordeste, esses tipos são designados pela expressão: "Mente mais do que cabra parida".
De tudo isso, sai-nos a melancólica constatação de que o mundo destrói os códigos morais que construíram a digna convivência entre os humanos. E o exemplo parte do grande país dos direitos humanos, que adota a fórmula stalinista de que os fins justificam os meios.
Um bom nome para o novo órgão seria "Departamento Estratégico da Cabra Parida".

"Não é papel da escola colocar e cuidar de uma criança como uma babá".

Arnely Schulz. Especialista fala sobre como a música pode ser uma valiosa ferramenta na educação das crianças.
Ela é amapaense e tem brilhado dentro e fora do Brasil por defender uma arrojada proposta de usar o ensino regular da música em sala de aula, por considerar que isso ajuda a formar cidadãos mais sensíveis, a prevenir a violência e até mesmo aliviar as dores. Pode até parecer utopia, mas ao ouvir os argumentos da professora e maestrina Arnely Schulz muita gente reconhece a enorme autoridade que ela tem para justificar seu trabalho científico e até mesmo literário. Autora de livros como “Eu canto conta”, a educadora debate perspectivas para o futuro do ensino público. As reflexões e as principais conclusões da carreira brilhante de Arnely o Diário do Amapá publica a seguir, extraído em uma longa entrevista concedida por ela ao jornalista Cleber Barbosa, no programa Conexão Brasília, da Rádio Diário FM. Confira os principais trechos.

Por Cleber Barbosa
Da Redação

Diário do Amapá - A senhora ganhou reconhecimento nacional e até internacional pelo trabalho que desenvolve com a música sendo utilizada como ferramenta didática. Como está sendo o seu retorno ao Amapá?
Arnely Schulz - É com muita honra, com muito carinho que falo a esse respeito, especialmente por falar ao meu povo, é muito importante isso para mim, pois sempre estou falando para outras pessoas fora do Estado. Finalmente eu consegui chegar aqui e abrir meu coração a meus colegas professores do Estado como foi num encontro de educadores em que eu participei fazendo uma palestra sobre a música e sua implementação na escola, no ensino regular.

Diário - Foi uma feliz coincidência então a senhora voltar logo agora que se discute propostas para o futuro da educação no Amapá, num horizonte de dez anos, não é mesmo?
Arnely - Exatamente, são as propostas, as metas até 2020. O Estado está aí muito empenhado através da Secretaria de Educação, que discute propostas para que a gente possa atuar de forma bem real em cima da realidade do estado do Amapá para que possamos levar em frente e alcançar os objetivos maiores melhorando a qualidade da educação, lógico, que é o propósito maior.
Diário - A senhora faz parte de um grupo de trabalho instituído pelo Ministério da Educação voltado a discutir a regulamentação da lei que torna obrigatório o ensino da música na educação fundamental. Como está esse trabalho?
Arnely - Falando um pouquinho sobre a lei 11.769, de 18 de agosto de 2008, uma vez implementada, então nós já estamos discutindo a contribuição que com certeza a música trará para a educação brasileira, lgo imensurável porque hoje a educação em nosso país infelizmente não contempla a questão do desenvolvimento da inteligência emocional do educando e a gente vê que hoje mais do que em outros tempos a criança é emocionalmente doente, não só elas como nós adultos também.

Diário - Como assim doente, professora, explique melhor?
Arnely - Tudo parte da emoção. Se a criança não está bem emocionalmente ela também não vai ter um bom aproveitamento no rendimento do conteúdo curricular ao desenvolver suas atividades dentro da sala de aula. Então a música vem trazer esse equilíbrio para a criança, trazendo essa maturidade emocional.

Diário - E por que a senhora diz que hoje isso é mais preponderante do que antes?
Arnely - É porque hoje a nossa sociedade é mais desestruturada em termos familiares. Crianças que normalmente são filhas só de mãe, às vezes filhas só de pai, em função até mesmo da separação ou muitas vezes em função do pai não assumir a criança, em outros momentos pela jornada de trabalho, com os pais às vezes passando o dia totalmente fora de casa e as crianças sozinhas, sendo educadas por uma televisão.

Diário - E qual a educação que essa televisão dá atualmente professora?
Arnely - Olha, a gente sabe que grande parte dos nossos programas é muito inútil para a educação dos nossos filhos, infelizmente a gente se depara com essa realidade. Daí quando a música entra nesse contexto, ela supre esse lado emocional, essa carência, porque a criança participando de um grupo de práticas musicais dentro da sala de aula ela vai se sentir mais integrada, acolhida, participativa dentro do contexto social, vai elevar a autoestima e o autoconceito dela.

Diário - E como se dá esse processo, essa consciência por parte da criança?
Arnely - Ela vai começar a descobrir que é importante, que é capaz sim de construir e por isso ela se desenvolve não só na questão da linguagem musical em si, mas em todos os outros aspectos da sua vida.

Diário - Pelo que diz a sua obra também literária, além desses benefícios todos narrados anteriormente a música ela também pode ser utilizada como uma ferramenta didática para a transmissão de conhecimentos em outras disciplinas, é isso mesmo?
Arnely - Com certeza. Essa proposta eu levei como amapaense ao Ministério da Educação e estou defendendo que ela seja encaminhada ao Conselho Nacional [de educação] para que a música se dê dessa forma na escola e isso vai acontecer porque graças a Deus o grupo [de trabalho] está bem solidário e vê que realmente caminha por aí. Não adianta você trabalhar a música apenas arte pela arte dentro do ensino regular porque você não vai ter condições de formar músicos, mas terá condições de sensibilizar pessoas, transformar vidas, fazer com que essas crianças tenham perspectivas diferentes de vida do que normalmente elas têm em casa e na sociedade comum.

Diário - Mesmo diante da distância que leva à plena execução desse projeto a música como arte já dá sua contribuição não é mesmo?
Arnely - Ah, sim, claro. A música como instrumento é muito valiosa, pois como se vê no livro "Eu canto conta" [de sua autoria] ela não é apenas disponibilizar como arte apenas, ela desenvolve sim a linguagem musical, como uma linguagem de expressão, mas vem trabalhando também a matemática, a língua portuguesa, a literatura, os direitos humanos, meio ambiente, enfim, são várias áreas contempladas pelo livro e que dá acesso à criança a um desenvolvimento integral, a educação integral de fato.

Diário - Isso é diferente da proposta de escolas em tempo integral, não é mesmo?
Arnely - Claro, eu acho que não é papel da escola apenas colocar e cuidar da criança como uma babá, mas sim aproveitar esse tempo inteiro que a criança fica na escola para desenvolver uma educação de fato integral, onde mude a criança, sua postura como cidadão, como ser humano, tornando-a mais sensível ao meio onde ela vive, comprometida com a sua formação e também com a transformação social.

Diário - Pelo que se percebe há mesmo que intrinsecamente uma preocupação com a formação de platéia para fazer frente é enorme concorrência com a chamada música comercial que as crianças têm acesso?
Arnely - Sim, com certeza, pois essas músicas que rodam nos meios de comunicação e massificadas nas cabeças das crianças, chegam a elas e a gente não consegue nem impedir. Muitas vezes nós como educadores queremos dentro da nossa sala de aula uma criança que respeite o professor e os colegas enquanto muitas vezes a mídia impõe uma música que leva a criança à violência, à sensualidade precoce, à imoralidade, enfim, no geral a música não contribui, não dá um meio ambiente favorável a esse desenvolvimento integral da criança, ferindo inclusive o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Constituição Federal, que falam num ambiente favorável para o crescimento e desenvolvimento da criança com dignidade.

Diário - Para fechar, o que a senhora poderia dizer a respeito dos benefícios proporcionados pela música?
Arnely - Além da questão da interdisciplinaridade que a gente falou anteriormente, o projeto defende também a intersetorialidade, que é a sua atuação a partir da sala de aula em diversos aspectos de interesse público, como a prevenção da criminalidade, a inclusão social e a saúde na escola, pois a gente sabe que o canto produz a endorfina, que é a substância que destrói as células malignas que a cada dia são produzidas pelo nosso organismo. Diz o doutor San Lee, que é japonês, que a endorfina é trezentas vezes mais forte que a morfina, então quando você canta qualquer dor que estiver sentindo vai passar.

Perfil...

Entrevistada. A professora Arnely Ferreira Pires Schulz nasceu em Macapá, tem 44 anos de idade, é casada e mãe de três filhas, Anezka, Miluse e Ayesha. Possui Licenciatura em Música pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), é Pedagoga e tem Formação em Canto Lírico, pela Escola de Música de Brasília. Foi maestrina do Coral do Tribunal de Justiça do Estado do Amapá e fundou o Coral Municipal de Macapá, além do Coro . Atualmente é conselheira da Associação Brasileira de Regentes de Coro e Presidente do Instituto Accorde Brasil. Trabalha na Universidade do Estado do Amapá (UEAP) e no Instituto Accorde Brasil e atuou no Grupo de Trabalho instituído pelo Ministério da Educação (MEC) para implementar a lei 11.769.