Proposta foi feita durante encontro no Palácio do Setentrião, nesta segunda-feira | Foto: Marcelo Loureiro/GEA |
O comandante do 4º Distrito Naval que abrange Amapá, Pará, Maranhão e Piauí, vice-almirante Edervaldo Teixeira, destacou que a instituição está pronta para auxiliar na educação amapaense. “Enxergamos esse modelo de ensino como uma oportunidade de resgatar a disciplina, a hierarquia, o civismo, o amor e o respeito à Pátria. Um trabalho conjunto que vai despertar nos alunos, metas de vida e a vontade de ingressar no serviço militar, por exemplo”, considerou o comandante.
A secretária de Estado da Educação, Goreth Souza, frisou que a gestão compartilhada foi abraçada e aprovada pela comunidade escolar e sociedade em geral. Atento a isso, o governo tem como compromisso fortalecer cada vez mais o modelo.
“Vai ser mais uma conquista enorme para a educação pública do Estado do Amapá. Temos colocado muita energia nesse compromisso e estamos trabalhando para ampliar ainda mais o modelo, dando oportunidades de aprendizado diferenciado aos alunos, voltado para a disciplina, organização, respeito. Formando cidadãos com aprendizagem eficiente”, salientou a secretária, pontuando que já há interesse do Estado em firmar parceria, também, com o Exército Brasileiro, neste sentido.
No encontro desta segunda-feira, ficou acertado o início das tratativas para implantação de uma escola de Gestão Compartilhada Militar com a Marinha, na cidade santanense.
Também participaram do encontro, o vice-governador do Amapá, Jaime Nunes, e a secretária de Estado da Educação (Seed), Goreth Souza. Na pauta do encontro, ainda estiveram a implantação de uma agência da Marinha no município de Oiapoque, nos próximos meses; a inauguração dos simuladores de radar e rádio na Capitania dos Portos, em Santana e a atualização das cartas náuticas do Amapá.
Simuladores e agência em Oiapoque
Na tarde dessa segunda-feira, a Marinha inaugura na Capitania dos Portos do Amapá, os simuladores de radar e de rádio que vão melhorar a qualificação dos profissionais que atuam no Estado. Conforme explicou o diretor-geral de Navegação da Marinha do Brasil, almirante Leonardo Puntel, as ferramentas foram projetadas e construídas pela própria Marinha. “Com a implantação desses simuladores em Santana, os profissionais que atuam no Amapá poderão fazer o seu curso de aperfeiçoamento sem ter que sair do Estado, tendo a oportunidade de ascensão funcional. Formamos cerca de 18 mil profissionais marítimos e fluviais, por ano, no Brasil”, ressaltou o almirante.
Puntel registrou que a Marinha possui mais de 500 anos formando e profissionalizando marítimos e fluviais em todo o país, através de suas 65 capitanias, delegacias e agências. Ele anunciou que a 66ª agência está prestes a ser inaugurada no município de Oiapoque, nos próximos meses. Sobre a nova unidade da Marinha em Oiapoque, o governador Waldez Góes comentou a importância ao desenvolvimento, segurança e educação.
“Com isso, será intensificada a presença da Marinha naquela região de fronteira, além de qualificar os profissionais. Vale pontuar que, cerca de 50% do transporte escolar no Amapá é fluvial. Quanto maior nossa parceria com a Marinha, mais segurança e tranquilidade teremos na oferta desse serviço à sociedade amapaense”, destacou o governador.
Waldez frisou, ainda, que grandes conquistas como estas à sociedade, são possíveis graças ao apoio mútuo e à relação de confiança que o Estado mantém com a Marinha do Brasil.
Cartas Náuticas
Durante o encontro, o comandante do 4º Distrito Naval, vice-almirante Edervaldo Teixeira, anunciou novos dados referentes à atualização das bases de navegação do Amapá. “Em 2018, a Marinha emitiu portaria aumentando de 11.5 metros para 11.70 metros o calado [profundidade a que se encontra o ponto mais baixo da embarcação] do Canal Barra Norte do Rio Amazonas. O que tem possibilitado a navegação de embarcações que pesam de duas a três mil toneladas, naquela região”, frisou Teixeira, pontuando outros benefícios como o aumento na exportação de mercadorias e o barateamento dos custos das operações de navios, por exemplo, que transportam soja vinda de Mato Grosso, do Porto de Santarém (PA) para o Amapá.
O chefe do Executivo amapaense verificou que esse trabalho de atualização da Marinha atende a um anseio do Estado quanto às cartas náuticas do Amapá, que há 50 anos estavam sem atualização. “Temos um potencial enorme na questão portuária, com possibilidade de transbordo no Estado. Mas precisamos aumentar a capacidade de navegação para suportar navios de maior capacidade de carga e, com isso, viabilizar fortemente a logística, não só da Região Norte do Brasil, mas também da Região Centro-Oeste que deseja sair com sua produção agrícola pelo canal norte do Rio Amazonas para países como a China, Holanda e outros”, concluiu o governador.
Também participaram do encontro o superintendente de Ensino Profissional Marítimo da Diretoria de Portos e Costas da Marinha, contra-almirante Ferreira de Melo; o capitão de fragata da Capitania dos Portos, Fernando Cezar da Silva; o assistente da Diretoria-Geral de Navegação, capitão-tenente Raulino Oliveira e o presidente da Sociedade dos Amigos da Marinha no Amapá, Glauco Cei.
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