Economista e ex-deputado federal Jurandil Juarez |
O economista e ex-deputado Federal Jurandil Juarez (PROS)
falou neste sábado (12) a respeito da pré-candidatura de Francisca Favacho a
governadora do Amapá, por seu partido. Segundo ele, a pré-candidatura é pra
valer e terá como diferencial uma proposta concreta e exequível para que o
estado dê um saldo em seu desenvolvimento econômico e social. “A primeira delas
será desmistificar que a chamada economia do contracheque é ruim. Queremos
contracheque sim, mas não só do poder público e sim da iniciativa privada
também”, diz.
Experiente na política e com muitos anos de janela, Jurandil
diz ver com naturalidade o que chamou de profusão de nomes postos como
pré-candidatos ao Setentrião, é bom para a democracia, mas entende que a coisa
ainda vai afunilar bastante. “Quanto mais pessoas se dispuserem a disputar o
cargo melhor será a capacidade de escolha, mas também numa situação como essa
nós precisamos ver o que é que realmente se tem de novo, o que é que é mais do
mesmo e o que é novidade, pois muita coisa que é dito do novo a gente acaba
constatando que é mais velho do que aquilo que o Janary pregava há 50 anos”,
espeta.
Segundo ele, nem todas essas insinuações de pré-candidaturas
prevalecerão, isto é, nem todas entrarão na disputa, pois pelo jogo e a
dinâmica do processo político, acabam fazendo as chamadas composições que
resultam no registro de coligações partidárias em torno de projetos mais
consolidados. “Até porque essas composições são necessárias, você tem uma
convergência de interesses, uma convergência de ideias, o que não dá é para ser
convergente na ideia e concorrente no pleito”, completa.
Mulher – Jurandil
diz que o que se vê de novidade mesmo foi a decisão do PROS em lançar uma
mulher para a disputa pelo Governo do Estado. Além de uma candidatura feminina,
diz, o PROS vem com a importância que o cargo requer também em termos de
propostas. Para ele, o Amapá vive um estado de desenvolvimento econômico tido
como letárgico, com o poder público aumentando sua participação no PIB. “Como o
PROS tem estatutariamente e doutrinariamente uma proposta de modificar a
questão tributária, que é hoje a maior discussão no estado para o seu
desenvolvimento, chega em boa hora essa pré-candidatura.
O economista e político diz que enquanto a economia do
Estado está parada e só quem desenvolve é o setor terciário, ou seja, comércio
e serviços, com a agricultura e a indústria cada vez mais definhando, o que é
um grande problema. “E o Amapá hoje está de costas para aquilo que tem de
avanço na questão tributária, adotando aqui a substituição tributária como se
não fôssemos uma área de exceção tributária e
o PROS se propõe a discutir isso, portanto o partido tem coisa
diferente, nova e boa para o Estado do Amapá”, disse Jurandil Juarez.